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Mogherini defende comércio com Irã para manter acordo nuclear

A responsável pela política externa da UE ressaltou que a Agência Internacional de Energia Atômica verificou que o Irã cumpre o acordo nuclear

Nesta terça entrou em vigor de novo uma série de sanções que os EUA tinham suspendido ao Irã após o acordo nuclear de 2015 (Francois Lenoir/Reuters)

Nesta terça entrou em vigor de novo uma série de sanções que os EUA tinham suspendido ao Irã após o acordo nuclear de 2015 (Francois Lenoir/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 11h04.

Sydney - A alta representante da União Europeia para Política Externa, Federica Mogherini, defendeu nesta terça-feira a necessidade de comercializar com o Irã para manter o acordo pelo qual o país asiático renunciou ao seu programa nuclear.

"Quero deixar isto muito claro: estamos falando de relações econômicas e comerciais com o Irã porque são parte integral do acordo nuclear", disse Mogherini durante uma entrevista coletiva em Wellington acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters, segundo uma transcrição oficial.

"O comércio que a União Europeia tem com o Irã, comparado com o comerciou que temos no mundo todo, é muito pequeno, mas é um aspecto fundamental do direito iraniano a ter uma vantagem econômica em troca (...) de ter cumprido com todos os compromissos nucleares", acrescentou a ex-ministra italiana.

"Portanto, o acordo tem duas partes: Irã renuncia ao seu programa nuclear e a comunidade internacional estabelece relações econômicas e comerciais com o Irã. É preciso manter este segundo pilar se quisermos que o primeiro pilar seja mantido", disse Mogherini ao responder a perguntas dos jornalistas.

A responsável da política externa europeia ressaltou que a Agência Internacional de Energia Atômica verificou que o Irã cumpre com seus compromissos.

"Se temos um acordo internacional de não produção nuclear que é cumprido, é preciso mantê-lo", manifestou a chanceler europeia.

Mogherini e Peters concordam que o Plano de Ação Conjunto e Completo (JCPOA, sigla em inglês do pacto com o Irã) "é um pilar base da arquitetura sobre a não produção nuclear", segundo um comunicado oficial.

Ambos diplomatas lamentaram a decisão dos Estados Unidos de se retirar de um acordo que, segundo a nota, "foi aprovado por unanimidade pela resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU e que fez e segue fazendo uma contribuição vital à paz e à segurança na região".

Hoje, entraram em vigor de novo uma série de sanções que os Estados Unidos tinham suspendido ao Irã após o acordo nuclear de 2015.

Além disso, a UE aplica hoje uma série de medidas adotadas para limitar o impacto das sanções americanas ao Irã nas empresas europeias.

A chefe da diplomacia comunitária chegou à Nova Zelândia procedente da Coreia do Sul e deve concluir amanhã em Sydney uma excursão que começou em Singapura no começo de mês no marco das reuniões associadas à cúpula ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

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