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Modelo bielo-russa que diz ter revelações sobre Trump

Nastia Rybka afirmou ter informações sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas e teme ser deportada do país

Donald Trump: representante do governo americano negou qualquer relação entre o presidente e a modelo (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: representante do governo americano negou qualquer relação entre o presidente e a modelo (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de abril de 2018 às 10h12.

Uma "call girl" bielo-russa julgada nesta terça-feira (17) na Tailândia pediu ajuda a Washington, alegando temer ser expulsa para a Rússia depois de suas ameaças de revelar o papel de Moscou na eleição presidencial americana.

"Não voltaremos para a Rússia, porque iniciaram um novo processo contra nós", disse à AFP Anastasia Vashukevich, ao chegar ao tribunal em um carro da Polícia.

"Nos ajudem, porque não estamos entendendo o que está acontecendo", acrescentou Alexander Kirillov, organizador de um grupo de "treinadores sexuais" constituído por ambos na Tailândia.

Anastasia Vashukevich, uma modelo mais conhecida como Nastia Rybka, foi detida no final de fevereiro com um grupo de outros nove estrangeiros que organizavam cursos de "formação sexual" na estação balneária de Pattaya.

As acusações da jovem chamaram atenção, já que ela é uma "acompanhante de luxo" que frequentou a elite política russa e que tem um processo em aberto na Rússia por ter filmado Serguei Prijodko, vice-primeiro-ministro russo, a bordo do iate do milionário Oleg Deripaska.

O vídeo viralizou depois de ser postado pelo opositor russo Alexei Navalni.

Oleg Deripaska, que tem laços com o ex-diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, negou qualquer relação com Anastasia Vashukevich e com Alexander Kirillov, "guru do sexo" à frente de um grupo de instrução sexual detido na Tailândia.

Em um primeiro momento, a Tailândia acusou Anastasia Vashukevich e seus seis colegas "instrutores sexuais" de trabalharem sem permissão legal, mas agora devem responder a acusações de "prostituição" e de "organização criminosa".

A jovem captou a atenção da imprensa internacional, depois de publicar um vídeo no Instagram, oferecendo revelações aos jornalistas americanos.

"Tentam nos colocar na cadeia. Por isso, estou pronta para revelar as peças que faltam do quebra-cabeças (...) sobre as eleições americanas", disse neste vídeo.

Pattaya é frequentado por vários turistas russos, famoso por ser um lugar de prostituição e crime na Tailândia. Desenvolveu-se como centro de prostituição há meio século, quando os militares americanos iam para lá para tentar esquecer dos horrores da Guerra do Vietnã.

 

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