Moçambique abre fábrica de medicamentos contra Aids
Brasil financiou parte da fábrica de medicamentos inaugurada hoje
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2012 às 16h51.
Moçambique será o primeiro país do continente africano a produzir medicamentos antirretrovirais genéricos contra a Aids , graças à ajuda do Brasil , que financiou parte da fábrica inaugurada neste sábado.
O vice-presidente, Michel Temer, esteve presente na inauguração da fábrica neste sábado.
"Hoje vemos o início da produção", declarou Temer. "Os medicamentos que eram fabricados no Brasil serão embalados aqui em Moçambique, serão certificados e distribuídos aos moçambicanos", acrescentou.
A produção de comprimidos propriamente dita começará até o final do ano.
As instalações, que já tinham sido visitadas pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, simbolizam "a excelente associação entre os povos brasileiro e moçambicano", afirmou Temer.
A ideia desta fábrica foi lançada em 2003 e o presidente Lula -um grande defensor da aproximação do Brasil com a África , para onde viajou em 12 oportunidades durante seus dois mandatos- havia prometido que o governo brasileiro estaria comprometido com sua construção durante uma visita à ex-colônia portuguesa em 2008.
O Brasil contribuiu com 23 milhões de dólares, aos quais se somaram 4,5 milhões de dólares da gigante da mineração Vale, que atua em Moçambique.
O objetivo é reduzir a dependência de Moçambique em relação à comunidade internacional, que financia atualmente 80% da compra de medicamentos no país.
Cerca de cem técnicos moçambicanos e outros funcionários estão sendo formados, principalmente no Brasil, para trabalhar na fábrica.
O Brasil oferece acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, uma política adotada em 1996 que tornou o país um dos pioneiros na produção de antirretrovirais genéricos, desencadeando intensos debates.
Essa batalha começou em 2001, quando o então ministro da Saúde do governo de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, ameaçou quebrar as patentes dos laboratórios.
Após uma queda de braço com os Estados Unidos, que ameaçou levar o Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC), Brasília conseguiu uma redução substancial dos preços.
Moçambique é um dos países do mundo mais afetados pelo vírus da Aids, com 2,5 milhões de moçambicanos, cerca de 12% da população, portadores do vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Mas apenas 291.000 pacientes são tratados com antirretrovirais.
Alguns grupos farmacêuticos privados abriram pequenas unidades de produção de antirretrovirais no continente africano, mas a fábrica moçambicana será a primeira de caráter público que funcionará em grande escala.
Moçambique será o primeiro país do continente africano a produzir medicamentos antirretrovirais genéricos contra a Aids , graças à ajuda do Brasil , que financiou parte da fábrica inaugurada neste sábado.
O vice-presidente, Michel Temer, esteve presente na inauguração da fábrica neste sábado.
"Hoje vemos o início da produção", declarou Temer. "Os medicamentos que eram fabricados no Brasil serão embalados aqui em Moçambique, serão certificados e distribuídos aos moçambicanos", acrescentou.
A produção de comprimidos propriamente dita começará até o final do ano.
As instalações, que já tinham sido visitadas pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, simbolizam "a excelente associação entre os povos brasileiro e moçambicano", afirmou Temer.
A ideia desta fábrica foi lançada em 2003 e o presidente Lula -um grande defensor da aproximação do Brasil com a África , para onde viajou em 12 oportunidades durante seus dois mandatos- havia prometido que o governo brasileiro estaria comprometido com sua construção durante uma visita à ex-colônia portuguesa em 2008.
O Brasil contribuiu com 23 milhões de dólares, aos quais se somaram 4,5 milhões de dólares da gigante da mineração Vale, que atua em Moçambique.
O objetivo é reduzir a dependência de Moçambique em relação à comunidade internacional, que financia atualmente 80% da compra de medicamentos no país.
Cerca de cem técnicos moçambicanos e outros funcionários estão sendo formados, principalmente no Brasil, para trabalhar na fábrica.
O Brasil oferece acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, uma política adotada em 1996 que tornou o país um dos pioneiros na produção de antirretrovirais genéricos, desencadeando intensos debates.
Essa batalha começou em 2001, quando o então ministro da Saúde do governo de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, ameaçou quebrar as patentes dos laboratórios.
Após uma queda de braço com os Estados Unidos, que ameaçou levar o Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC), Brasília conseguiu uma redução substancial dos preços.
Moçambique é um dos países do mundo mais afetados pelo vírus da Aids, com 2,5 milhões de moçambicanos, cerca de 12% da população, portadores do vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Mas apenas 291.000 pacientes são tratados com antirretrovirais.
Alguns grupos farmacêuticos privados abriram pequenas unidades de produção de antirretrovirais no continente africano, mas a fábrica moçambicana será a primeira de caráter público que funcionará em grande escala.