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Mnangagwa, o vice de Mugabe, toma posse no Zimbábue

ÀS SETE - Vice-presidente estava fora do país desde que havia sido demitido por Mugabe, em outubro, sob acusação de conspiração

Espera-se que Mnangagwa permaneça no cargo até o ano que vem
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 07h12.

Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 09h46.

O vice-presidente do Zimbábue , Emmerson Mnangagwa, assume nesta sexta-feira a presidência interina do país. Segundo Mnangagwa, a deposição do presidente Robert Mugabe foi decorrência de uma vontade da população, e que “a vontade do povo é a vontade de Deus”.

O vice-presidente estava fora do país desde que havia sido demitido por Mugabe, em outubro, sob acusação de conspiração.

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A troca foi o estopim para um movimento militar que acabou por depôr Mugabe do posto que ocupava há 37 anos. Depois de ser retirado do poder, Mugabe entregou sua carta de demissão na terça-feira.

Espera-se que Mnangagwa permaneça no cargo até o ano que vem. Com um discurso de presidente eleito, Mnangagwa prometeu retirar da pobreza a maior parte da população, além de manter a paz e fazer a economia crescer.

No momento, é impossível ter certeza se ele de fato preparará uma transição para um novo governante, ou decidirá ele mesmo assumir em definitivo o comando do país.

Mugabe, que negociou sua saída com os militares, é acusado pela Anistia Internacional de reprimir a liberdade de expressão, de prisões arbitrárias de civis e ativitas e também de promover execuções extra-judiciais, além de fomentar a violência entre grupos políticos. Sua saída sob as atuais circunstâncias deixa pouca margem para interpretar se um próximo governo poderá ser melhor.

O PIB do país é de 1.000 dólares per capita, quase um décimo do brasileiro. Mugabe também promoveu amplo controle de preços e impressão de papel moeda, o que gerou uma das piores inflações do mundo. As últimas estimativas, ainda de 2011, apontavam que 72,3% da população vivia abaixo da linha da miséria.

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