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Missão da ONU estará completa e ativa na próxima semana

O porta-voz explicou que, por enquanto, há sete observadores na Síria com outros dois chegando na próxima segunda-feira

Fawzi disse que a situação no local não é boa e que o cessar-fogo é muito frágil (AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 20h24.

Genebra - A primeira missão de 30 observadores da ONU na Síria para verificar o cessar-fogo estará completa e ativa na próxima semana, anunciou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O porta-voz explicou que, por enquanto, há sete observadores na Síria com outros dois chegando na próxima segunda-feira. O resto se somará ao grupo ao longo da semana. ''Não se trata só de enviar pessoas, mas veículos, material. Não é uma operação fácil, mas de muito risco'', assegurou.

Fawzi antecipou que a ONU está fazendo todo o possível para que os 300 observadores da segunda missão estejam prontos para partir à Síria dois ou três dias depois do Conselho de Segurança aprovar a resolução sobre seu desdobramento. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, solicitou na última quinta-feira ao Conselho que aprove uma resolução autorizando o desdobramento da segunda missão, mesmo sem o cumprimento total do cessar-fogo pelo regime de Bashar al Assad, em 12 de abril.

Fawzi disse que a situação no local não é boa e que o cessar-fogo é muito frágil. No entanto, defendeu o desdobramento completo da missão. ''A cada dia há mortos, incidentes, por isso temos de fazer tudo o que esteja em nossas mãos'', acrescentou.

Consultado sobre o nível de cooperação recebida pela equipe de Annan na Síria, o porta-voz explicou que o regime ajudou ''até certo limite''. ''Durante as negociações houve o típico ''tira e afrouxa'' mas achamos que as autoridades sírias realmente desejavam concluir o acordo'', precisou.


A equipe de negociadores de Annan conseguiu concluir na última quinta um acordo com o governo sírio sobre os termos do protocolo que regerá a missão dos observadores e, posteriormente, o desdobramento do grupo, chamado de Mecanismo de Supervisão (UNSM).

Fawzi indicou que os observadores estarão desarmados e terão ''liberdade total de movimento, poderão visitar todos os lugares, e falar com quem quiserem''. O porta-voz ainda destacou que a missão não acabou totalmente com a violência, mas já melhorou as condições locais. ''O cessar-fogo é muito frágil, mas não vamos ficar parados à toa, olhando'', concluiu Fawzi.

Enquanto isso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) anunciou nesta sexta que 61 mil sírios abandonaram suas casas desde que começou o conflito há mais de um ano. A Turquia é a nação vizinha com o maior número de refugiados, 24 mil, seguida do Líbano com 21 mil, Jordânia, com 13,7 mil, e Iraque, com 2,4 mil.

O Acnur também alertou para o chamado humanitário lançado pela ONU para cobrir as necessidades de assistência na Síria, que só obteve 20% (US$ 15,6 milhões) dos US$ 84 milhões solicitados. Dessa forma, a operação está em ''crítica'' situação.

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Genebra - A primeira missão de 30 observadores da ONU na Síria para verificar o cessar-fogo estará completa e ativa na próxima semana, anunciou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O porta-voz explicou que, por enquanto, há sete observadores na Síria com outros dois chegando na próxima segunda-feira. O resto se somará ao grupo ao longo da semana. ''Não se trata só de enviar pessoas, mas veículos, material. Não é uma operação fácil, mas de muito risco'', assegurou.

Fawzi antecipou que a ONU está fazendo todo o possível para que os 300 observadores da segunda missão estejam prontos para partir à Síria dois ou três dias depois do Conselho de Segurança aprovar a resolução sobre seu desdobramento. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, solicitou na última quinta-feira ao Conselho que aprove uma resolução autorizando o desdobramento da segunda missão, mesmo sem o cumprimento total do cessar-fogo pelo regime de Bashar al Assad, em 12 de abril.

Fawzi disse que a situação no local não é boa e que o cessar-fogo é muito frágil. No entanto, defendeu o desdobramento completo da missão. ''A cada dia há mortos, incidentes, por isso temos de fazer tudo o que esteja em nossas mãos'', acrescentou.

Consultado sobre o nível de cooperação recebida pela equipe de Annan na Síria, o porta-voz explicou que o regime ajudou ''até certo limite''. ''Durante as negociações houve o típico ''tira e afrouxa'' mas achamos que as autoridades sírias realmente desejavam concluir o acordo'', precisou.


A equipe de negociadores de Annan conseguiu concluir na última quinta um acordo com o governo sírio sobre os termos do protocolo que regerá a missão dos observadores e, posteriormente, o desdobramento do grupo, chamado de Mecanismo de Supervisão (UNSM).

Fawzi indicou que os observadores estarão desarmados e terão ''liberdade total de movimento, poderão visitar todos os lugares, e falar com quem quiserem''. O porta-voz ainda destacou que a missão não acabou totalmente com a violência, mas já melhorou as condições locais. ''O cessar-fogo é muito frágil, mas não vamos ficar parados à toa, olhando'', concluiu Fawzi.

Enquanto isso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) anunciou nesta sexta que 61 mil sírios abandonaram suas casas desde que começou o conflito há mais de um ano. A Turquia é a nação vizinha com o maior número de refugiados, 24 mil, seguida do Líbano com 21 mil, Jordânia, com 13,7 mil, e Iraque, com 2,4 mil.

O Acnur também alertou para o chamado humanitário lançado pela ONU para cobrir as necessidades de assistência na Síria, que só obteve 20% (US$ 15,6 milhões) dos US$ 84 milhões solicitados. Dessa forma, a operação está em ''crítica'' situação.

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