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Mirando corte de gastos, Milei faz primeira reunião ministerial nesta segunda

Na véspera, Milei assinou o seu primeiro decreto na Casa Rosada reduzindo o número de ministérios de 18 para nove

Na véspera, Milei assinou o seu primeiro decreto na Casa Rosada reduzindo o número de ministérios de 18 para nove (Divulgação: Tomas Cuesta / Correspondente autônomo/Getty Images)

Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 08h12.

Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 08h50.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fará a sua primeira reunião ministerial nesta segunda-feira, 11. Segundo informações da assessoria do novo governo, todos os ministros devem participar do encontro. No domingo, 10, poucas horas depois de tomar posse como presidente , em Buenos Aires, Milei assinou o seu primeiro decreto na Casa Rosada, reduzindo o número de ministérios de 18 para nove.

De acordo com o texto, "é necessário adaptar as disposições da Lei de Ministérios e os objetivos estabelecidos com o objetivo de racionalizar e tornar mais eficientes as ações do Estado Nacional".

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As pastas que funcionarão a partir de agora são Segurança, a cargo da terceira colocada no pleito, Patricia Bullrich; Justiça, chefiado por Mariano Cuneo Libarona; Economia, sob comando de Luis Caputo; Relações Exteriores, com Diana Mondino à frente; Interior, chefiado por Guillermo Francos; Saúde, de Mario Russo; e Defesa, sob domínio de Luis Petri. E os recém-criados: Capital Humano, liderado por Sandra Pettovello, e Infraestrutura, de Guillermo Ferraro.

A inflação argentina

“Hoje começa uma nova era na Argentina”, afirmou Javier Milei em sua posse. Com um discurso marcado por críticas ao governo anterior, o novo presidente reforçou os problemas sociais que o país desenvolveu nos últimos anos na área de saúde, educação, segurança e principalmente na área econômica.

Além do déficit financeiro e fiscal equivalente a 17% do PIB, Milei comentou que recebe a Argentina com 15.000% de inflação. Para Vinícius Vieira, professor de Relações Internacionais da FAAP e da FGV, Milei fez um uma projeção à era do Raúl Alfonsín, que na época de 83 a 89, pós-ditadura, deixou o país com uma hiperinflação, que chegou a 3000% ao ano.

“O que ele quis dizer é que se a Argentina continuasse nessa toada, chegaria nesse nível da era do Alfonsin, porque hoje o país registra mais de 140% de inflação ao ano. Projetar a inflação desta maneira, portanto, é muito mais um ato político do que técnico,” diz Vieira que reforça que Alfonsín herdou uma inflação do período anterior da ditadura.

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