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Ministros europeus das Finanças querem defender Irlanda e Eurozona

Ministros europeus das Finanças se mostraram confiantes afirmando que um acordo será fechado para determinar ajuda à Irlanda

"O plano de assistência à Irlanda está quase terminado", declarou a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde (Chung Sung-Jun/Getty Images)

"O plano de assistência à Irlanda está quase terminado", declarou a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2010 às 15h06.

Bruxelas - Os ministros europeus das Finanças se mostraram confiantes neste domingo, afirmando que um acordo será fechado para determinar os termos da ajuda à Irlanda - embora restem ainda pontos cruciais como a definição da taxa de juros do empréstimo -, e expressando sua determinação de defender a Zona do Euro, ameaçada pela crise da dívida soberana. "O plano de assistência à Irlanda está quase terminado", declarou a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, ao chegar a Bruxelas para uma reunião com seus pares da Eurozona, que será seguida por outra, com representantes dos 27 países da União Europeia.

O objetivo da reunião é definir os termos e aprovar um plano de ajuda da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deve chegar a 85 bilhões de euros. "Resta trabalhar e finalizar (alguns) detalhes (sobre a taxa de juros" do empréstimo, indicou Lagarde.

De acordo com a emissora pública irlandesa RTE, Dublin pode ter que pagar uma taxa de até 6,7% - muito acima dos 5,2% acordados com a Grécia, que recebeu ajuda semelhante no primeiro semestre. A informação foi desmentida pelo governo irlandês. Um dos principais objetivos dos ministros da Eurozona é tranquilizar os mercados sobre os riscos de contágio da dívida irlandesa para outros países do bloco que também sofrem com enormes dívidas, como Portugal e Espanha.

A Zona do Euro deve "reagir" para "defender sua moeda", declarou o ministro belga das Finanças Didier Reynders, cujo país preside atualmente a União Europeia (UE), ao chegar para a reunião de Bruxelas. "Precisamos tomar todas as medidas que nos permitam, no futuro, ser capazes de resistir quando houver turbulências", destacou. Em relação ao plano de ajuda financeira à Irlanda, o ministro estimou que "após as discussões que tivemos, devemos conseguir concluir o plano e fazer um balanço da situação na Eurozona".

Olli Rehn, comissário europeu de Assuntos Econômicos, indicou por sua vez que a UE deve discutir "uma resposta sistêmica" à crise, e não apenas a ajuda aos irlandeses. Declarando-se confiante de que os ministros das Finanças aprovarão neste domingo o plano de ajuda à Irlanda, Rehn disse que também é necessário "discutir ramificações mais amplas da atual crise". "Devemos discutir uma resposta sistêmica a esta crise. Acredito que conseguiremos progredir a respeito destes temas na reunião de hoje (domingo)".

"Espero que, a partir de amanhã, os mercados financeiros estejam novamente seguros de que o euro é uma moeda estável e resistente", disse por sua vez o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble. A ministra espanhola Elena Salgado, indicou que "se hoje o caso da Irlanda for solucionado", os mercados poderão ser acalmados. Salgado insistiu que "os problemas estão na Irlanda", depois de uma semana tensa nos mercados, que especularam a respeito de uma extensão da crise para a Espanha.

"Temos todos os instrumentos para o caso de haver outras crises" na Europa, garantiu José Manuel Barroso, indagado sobre os riscos de contágio da crise irlandesa para o resto da União Europeia. "Existe a capacidade para enfrentar qualquer tipo de crise, seja através dos fundos (de emergência), seja por toda sorte de medidas", acrescentou, referindo-se ao fundo de resgate criado depois da crise da dívida na Grécia

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