Policial tcheca marca refugiado: "Parto da oferta realizada pela Confederação de Indústria e Comércio que está disposta a empregar imediatamente, pelo menos, 5 mil refugiados, dependendo de sua qualificação" (Reuters / Igor Zehl)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2015 às 08h48.
Praga - O ministro tcheco de Direitos Humanos, Jiri Dienstbier, disse nesta quinta-feira que seu país poderia receber cerca de 15 mil refugiados, dadas a necessidade de mão de obra no país, um número muito superior aos 2.978 solicitados pela Comissão Europeia e que, até agora, Praga se nega a aceitar.
Dienstbier lembrou que a patronal de indústria do país estima que são necessários nestes momento cerca de 100 mil operários qualificados e disse que a República Tcheca poderia receber esses 15 mil refugiados, dos quais 5 mil seriam trabalhadores e o resto seria formado por suas famílias.
"Parto da oferta realizada pela Confederação de Indústria e Comércio que está disposta a empregar imediatamente, pelo menos, 5 mil refugiados, dependendo de sua qualificação", afirmou Dienstbier em entrevista que publicada hoje pelo jornal "Pravo".
Sobre os refugiados sírios, o ministro garantiu que "muitos deles estão qualificados e que alguns chegam com suas famílias".
O político social-democrata ressaltou que, da mesma forma que o resto da coalizão de centro-esquerda, não aceita as cotas obrigatórias propostas pela Comissão Europeia, porque não acredita que "em função de uma redistribuição obrigatória, seja obrigado a forçar alguém a ficar onde não quer".
"O governo tcheco disse que vamos ajudar voluntariamente. Meu pronunciamento (sobre os 15 mil refugiados) está de acordo com a postura governamental. Acredito que devemos oferecer essa ajuda voluntária para que faça sentido", acrescentou o ministro.
A República Tcheca ofereceu até agora a possibilidade de conceder asilo a 1,5 mil refugiados, quando a Comissão europeia estima que deve receber 2.978 pessoas.
Neste ano, solicitaram asilo ao governo tcheco cerca de mil pessoas, a maioria da Ucrânia e Cuba.