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Ministro grego descarta ideia de excluir país de Schengen

Ministro se mostrou indignado com a proposta formulada pela Bélgica, de que a Grécia acolha 400 mil refugiados e se saia temporariamente do espaço Schengen

Refugiados: a zona Schengen está composta por 26 países e é uma das peças fundamentais da integração europeia (Sakis Mitrolidis / AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h47.

Atenas - O ministro de Migração da Grécia , Yannis Muzalas, se mostrou nesta terça-feira indignado com a proposta formulada pela Bélgica, de que a Grécia acolha 400 mil refugiados e se saia temporariamente do espaço de livre circulação da União Europeia, Schengen.

"O ministro belga propôs a incrível ideia de que Atenas acolha de 300 mil a 400 mil refugiados", disse Muzalas, destacando que o belga foi o único ministro a defender esta ideia durante a reunião dos ministros europeus de Interior que aconteceu ontem em Amsterdã.

Um grupo de Estados-membros da União Europeia, liderado por Alemanha, Bélgica, Suécia e Dinamarca, propôs ativar o protocolo que permite ampliar de seis meses a dois anos os controles fronteiriços dentro dos limites de Schengen para enfrentar a crise migratória.

A zona Schengen está composta por 26 países e é uma das peças fundamentais da integração europeia, já que permite a livre circulação entre os cidadãos destes países.

"O tratado de Schengen está em perigo. A Europa está em perigo, a Europa tem medo e isso me preocupa", disse Muzalas.

Além disso, o ministro anunciou que os centros de registro de refugiados que seu governo se comprometeu a abrir nas ilhas do Egeu oriental estarão prontos no final de fevereiro e começarão a operar em março.

Por enquanto, dos cinco centros de registro que estavam previstos, em Quios, Kos, Leros, Samos e Lesbos, só estará operativo o último, com capacidade para registrar quatro mil pessoas ao dia.

Em referência a um artigo do "Financial Times", que propunha que a Grécia acolhesse um número maior de refugiados em troca de uma redução da dívida, Muzalas mostrou sua indignação diante da ideia de seu a Grécia se transforme "em prisão e lugar de exílio da Europa em troca de uma fiança".

Em 2015 o custo da crise dos refugiados para a Grécia foi de 300 milhões de euros, 0,17% do PIB do país, de 11 milhões de habitantes, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo dados divulgados hoje pela Organização Internacional de Migrações (OIM), neste ano chegaram à Grécia pelo mar 45.361 migrantes e refugiados, 31 vezes mais que em todo janeiro do ano passado, e 177 pessoas morreram no Mediterrâneo.

Pelo menos 90% dos que chegaram vieram de Síria, Iraque e Afeganistão, os únicos países cujos cidadãos têm passagem permitida desde a Grécia à Macedônia, para seguir viagem ao resto da Europa com o status de refugiados.

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Atenas - O ministro de Migração da Grécia , Yannis Muzalas, se mostrou nesta terça-feira indignado com a proposta formulada pela Bélgica, de que a Grécia acolha 400 mil refugiados e se saia temporariamente do espaço de livre circulação da União Europeia, Schengen.

"O ministro belga propôs a incrível ideia de que Atenas acolha de 300 mil a 400 mil refugiados", disse Muzalas, destacando que o belga foi o único ministro a defender esta ideia durante a reunião dos ministros europeus de Interior que aconteceu ontem em Amsterdã.

Um grupo de Estados-membros da União Europeia, liderado por Alemanha, Bélgica, Suécia e Dinamarca, propôs ativar o protocolo que permite ampliar de seis meses a dois anos os controles fronteiriços dentro dos limites de Schengen para enfrentar a crise migratória.

A zona Schengen está composta por 26 países e é uma das peças fundamentais da integração europeia, já que permite a livre circulação entre os cidadãos destes países.

"O tratado de Schengen está em perigo. A Europa está em perigo, a Europa tem medo e isso me preocupa", disse Muzalas.

Além disso, o ministro anunciou que os centros de registro de refugiados que seu governo se comprometeu a abrir nas ilhas do Egeu oriental estarão prontos no final de fevereiro e começarão a operar em março.

Por enquanto, dos cinco centros de registro que estavam previstos, em Quios, Kos, Leros, Samos e Lesbos, só estará operativo o último, com capacidade para registrar quatro mil pessoas ao dia.

Em referência a um artigo do "Financial Times", que propunha que a Grécia acolhesse um número maior de refugiados em troca de uma redução da dívida, Muzalas mostrou sua indignação diante da ideia de seu a Grécia se transforme "em prisão e lugar de exílio da Europa em troca de uma fiança".

Em 2015 o custo da crise dos refugiados para a Grécia foi de 300 milhões de euros, 0,17% do PIB do país, de 11 milhões de habitantes, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo dados divulgados hoje pela Organização Internacional de Migrações (OIM), neste ano chegaram à Grécia pelo mar 45.361 migrantes e refugiados, 31 vezes mais que em todo janeiro do ano passado, e 177 pessoas morreram no Mediterrâneo.

Pelo menos 90% dos que chegaram vieram de Síria, Iraque e Afeganistão, os únicos países cujos cidadãos têm passagem permitida desde a Grécia à Macedônia, para seguir viagem ao resto da Europa com o status de refugiados.

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