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Ministra francesa pede que cidadãos denunciem atos racistas

É preciso que "os humanistas deste país, todos os progressistas, se oponham, se expressem para denunciar estes atos extremamente racistas", disse Emmanuelle

Refugiados em Calais: o governo francês previu abrir centros de acolhida em todo o país para abrigar 9 mil migrantes atualmente instalados na chamada "selva" de Calais (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 10h49.

A ministra francesa da Habitação, Emmanuelle Cosse, convocou nesta quinta-feira os cidadãos a denunciarem os "atos extremamente racistas " contra os migrantes, depois que um futuro centro de acolhida foi alvo de disparos.

É preciso que "todos os humanistas deste país, todos os progressistas, se oponham, se expressem para denunciar estes atos extremamente racistas", disse a ministra à rádio francesa Europe 1.

O governo francês previu abrir centros de acolhida em todo o país para abrigar 9.000 migrantes atualmente instalados na chamada "selva" de Calais, um imenso acampamento diante da costa inglesa.

Alguns vereadores locais expressaram publicamente sua oposição à instalação destes centros em suas comunidades, denunciando um risco de multiplicação de "selvas" na França.

Em Saint Brevin (oeste), um centro destinado a abrigar 70 migrantes de Calais foi atacado na noite de terça-feira com tiros.

Em setembro, um edifício vazio escolhido para criar 91 vagas de acolhida em Forges les Bains, nos arredores de Paris, sofreu um incêndio aparentemente criminoso.

Estes centros estão sendo abertos porque "não podemos aceitar deixar as pessoas na rua, na lama, quando estão sujeitas ao direito de asilo", ressaltou Emmanuelle Cosse.

Segundo a ministra, "militantes sobretudo da extrema-direita utilizam isso para fazer uma política repugnante".

A França registrou no ano passado 800.000 pedidos de asilo e é um dos países para onde se dirigem os centenas de milhares de migrantes que chegaram à Europa nos últimos anos fugindo sobretudo dos conflitos no Oriente Médio e na África.

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O governo francês previu abrir centros de acolhida em todo o país para abrigar 9.000 migrantes atualmente instalados na chamada "selva" de Calais, um imenso acampamento diante da costa inglesa.

Alguns vereadores locais expressaram publicamente sua oposição à instalação destes centros em suas comunidades, denunciando um risco de multiplicação de "selvas" na França.

Em Saint Brevin (oeste), um centro destinado a abrigar 70 migrantes de Calais foi atacado na noite de terça-feira com tiros.

Em setembro, um edifício vazio escolhido para criar 91 vagas de acolhida em Forges les Bains, nos arredores de Paris, sofreu um incêndio aparentemente criminoso.

Estes centros estão sendo abertos porque "não podemos aceitar deixar as pessoas na rua, na lama, quando estão sujeitas ao direito de asilo", ressaltou Emmanuelle Cosse.

Segundo a ministra, "militantes sobretudo da extrema-direita utilizam isso para fazer uma política repugnante".

A França registrou no ano passado 800.000 pedidos de asilo e é um dos países para onde se dirigem os centenas de milhares de migrantes que chegaram à Europa nos últimos anos fugindo sobretudo dos conflitos no Oriente Médio e na África.

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