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Ministra espanhola desiste de concorrer à sucessão de Zapatero

A derrota eleitoral do Partido Socialista Operário Espanhou no pleito municipal suscitou intenso debate interno sobre a sucessão

Carme Chacón: "considero que devo dar um passo atrás para que o PSOE dê um passo adiante"
 (Carlos Alvarez/Getty Images)

Carme Chacón: "considero que devo dar um passo atrás para que o PSOE dê um passo adiante" (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 10h49.

Madri - A ministra da Defesa espanhola, Carme Chacón, anunciou nesta quinta-feira sua desistência de concorrer as eleições internas do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) para suceder José Luis Rodríguez Zapatero como candidato socialista na eleição geral de 2012.

Chacón comunicou sua renúncia em entrevista coletiva na qual explicou que o faz pensando no que mais convém ao partido, que sofreu um forte golpe eleitoral no pleito local de domingo.

"Considero que devo dar um passo atrás para que o PSOE dê um passo adiante", disse a ministra.

Os socialistas têm de escolher um novo candidato para as eleições gerais, previstas para março de 2012, já que Zapatero anunciou em 2 de abril que não concorrerá a um terceiro mandato.

A derrota que os socialistas sofreram nas eleições municipais e autônomas do domingo passado, nas quais saiu vitorioso o opositor Partido Popular (PP, centro-direita), suscitou um intenso debate interno sobre a sucessão de Zapatero.

Além de Chacón, o outro nome cogitado como eventual sucessor é o de Alfredo Pérez Rubalcaba, primeiro vice-presidente e ministro do Interior, que começou sua carreira política no partido durante os Governos de Felipe González no início da década de 1980.

A ministra da Defesa, que fez seu anúncio em meio a um crescente debate interno do PSOE, explicou que tomou a decisão de dar um passo atrás porque a situação criada colocou em risco "a unidade do partido", a autoridade do presidente do Executivo e, inclusive, "a estabilidade do Governo"·

Segundo ela, a decisão foi "individual, autônoma e pessoal" e foi tomada para permitir que na reunião do Comitê Federal do partido - convocada para o próximo sábado para detalhar os passos a serem seguidos na sucessão de Zapatero - haja "um debate sereno".

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