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Ministra do Zimbábue propõe greve de sexo para mulheres que não votarem

Priscilla Misihairabwi Mushonga quer que os homens se recusem a fazer sexo com quem não se inscrever para as eleições de 2012

Mulher deposita voto em urna: mulher que não vota não tem sexo, defende a ministra (Filippo Monteforte/AFP)

Mulher deposita voto em urna: mulher que não vota não tem sexo, defende a ministra (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 13h34.

Nairóbi - A ministra de Integração Regional do Zimbábue, Priscilla Misihairabwi Mushonga, afirmou que os homens do país deveriam negar sexo a suas esposas caso elas não se registrem para votar nas eleições de 2012.

Em declarações publicadas pelo jornal oficial 'The Herald', a ministra disse que os homens deveriam aplicar 'sanções de cama' a suas mulheres até que elas não mostrem um recibo de registro eleitoral.

A abstenção do voto feminino é algo comum no Zimbábue, onde o presidente Robert Mugabe pretende realizar eleições em março do ano que vem, embora seu parceiro no Governo de coalizão, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, deseje adiá-las.

Priscilla, do Movimento por Mudança Democrática (MDC) - o mesmo do primeiro-ministro -, opina que, se no dia das eleições as mulheres não mostrarem seus dedos 'manchados de tinta' (como prova de seu voto com impressão digital), seus maridos deveriam impor 'uma greve total de sexo'.

Um exemplo da baixa participação feminina em eleições é Bulawayo, segunda maior cidade do Zimbábue, onde 300 mil mulheres se registraram nas eleições de 2008 e apenas 93 mil compareceram às urnas.

O presidente Mugabe, da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), governou o Zimbábue sozinho e de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, até a aliança com o MDC, em fevereiro 2009. 

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