Londres - A ministra de Cultura britânica, Maria Miller, apresentou nesta quarta-feira sua renúncia por causa do escândalo surgido após a reivindicação de despesas em relação à compra de sua casa própria, considerados excessivos, informou a residência oficial do chefe do governo.

Em carta enviada ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Miller assinala que a controvérsia com as despesas se tornou "uma distração para o trabalho vital" que o Executivo está realizando.

Nos últimos dias, a ministra - que também é responsável por Esporte e Meios de Comunicação - enfrentou pressões para que renunciasse, após ser revelado que durante anos reivindicou despesas excessivas em conceito de habitação, pelos quais devolverá 5.800 libras (6.991 euros).

O chefe do governo expressou se sentir "triste" de receber a carta, mas aceitou a renúncia.

No entanto, Cameron disse que espera que Miller possa voltar ao governo "a seu devido tempo".

Em sua carta a Cameron, Miller lhe destacou que estava "imensamente orgulhosa" com seu trabalho para defender as instituições culturais britânicas e também por apoiar o direito de todos os casais - gays e heterossexuais - de "ter a oportunidade de se casar independentemente de sua sexualidade".

Ao responder Miller, o primeiro-ministro lhe agradeceu pelo grande trabalho para levar adiante a legislação sobre a lei do casamento entre casais do mesmo sexo.

A denúncia contra Miller foi feita em 2012 pelo deputado trabalhista John Mann, que levou o caso ao parlamento.