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Milícias de autodefesa denunciam que militares mataram civis

Um dos grupos que atuam no estado de Michoacán, contra a organização criminosa Los Caballeros Templarios, denunciou que militares mataram quatro pessoas

Forças de segurança no estado de Michoacán, no oeste do México: fontes da Secretaria da Defesa Nacional disseram não ter qualquer informação sobre o fato (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 12h34.

Morelia - Um dos grupos de autodefesa que atuam no estado de Michoacán, no oeste do México , contra a organização criminosa "Los Caballeros Templarios" ("Os Cavaleiros Templários", tradução livre), denunciou nesta terça-feira que militares dispararam contra a população civil e mataram quatro pessoas.

Estanislao Beltrán, um dos principais líderes das milícias de autodefesa de Tepalcatepec, explicou à Agência Efe que o incidente aconteceu no povoado de Antúnez, município de Parácuaro, onde a população civil desarmada fechou a passagem dos militares, uma vez que estes tinham desarmado os grupos de autodefesa e foi quando começaram os disparos, que deixaram quatro mortos, entre eles uma menor.

Fontes da Secretaria da Defesa Nacional (Sedena) consultadas pela Efe disseram não ter qualquer informação sobre o fato. Uma versão publicada no site do jornal "El Universal" afirmou que o exército teria confirmado pelo menos dois mortos, enquanto outra, extraoficial, no jornal "Reforma", disse que foram 12 os mortos no incidente.

Segundo Beltrán, as vítimas são três de seus homens, e uma menina de 11 anos de idade, que estava perto.

Os disparos foram registrados depois que os soldados conseguiram desarmar as autodefesas em "Quatro Caminhos", um cruzamento viário que une vários municípios da região conhecida como Terra Quente por causa das altas temperaturas na zona.


Em resposta, os moradores de Antúnez bloquearam a estrada Quatro Caminhos-Apatzingán para impedir a passagem de um comboio militar que marchava com as armas dos civis, e os militares abriram fogo contra os membros da milícia, relatou Beltrán.

"Aqui está o exército, não vamos entregar as armas. Aqui nós vamos morrer, vamos todos morrer", disse após acusar as autoridades de proteger aos narcotraficantes michoacanos.

Este novo capítulo de violência aconteceu apenas algumas umas horas depois de o secretário de governo, Miguel Ángel Osorio Chong, exigir que aos grupos de autodefesa retornem a seus lugares de origem em Michoacán e pedir que confiem um nova estratégia de segurança federal anunciada junto com o governador do estado, Fausto Vallejo.

O governo federal pediu as autodefesas que entreguem as armas e se incorporem aos corpos de segurança institucionais, caso contrário, advertiu que aplicaria a lei "de maneira rigorosa e indiscriminada".

O pedido foi rejeitado imediatamente pelas autodefesas através de uma mensagem de Estanislao Beltrán, que exigiu que o governo detenha os líderes dos templários antes que as autodefesas entreguem suas armas.

Hipólito Mora, líder de outro dos grupos de autodefesa, exigiu que Osorio Chong ataque os líderes "templários", como principal condição para iniciar o desarmamento pacífico.

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Morelia - Um dos grupos de autodefesa que atuam no estado de Michoacán, no oeste do México , contra a organização criminosa "Los Caballeros Templarios" ("Os Cavaleiros Templários", tradução livre), denunciou nesta terça-feira que militares dispararam contra a população civil e mataram quatro pessoas.

Estanislao Beltrán, um dos principais líderes das milícias de autodefesa de Tepalcatepec, explicou à Agência Efe que o incidente aconteceu no povoado de Antúnez, município de Parácuaro, onde a população civil desarmada fechou a passagem dos militares, uma vez que estes tinham desarmado os grupos de autodefesa e foi quando começaram os disparos, que deixaram quatro mortos, entre eles uma menor.

Fontes da Secretaria da Defesa Nacional (Sedena) consultadas pela Efe disseram não ter qualquer informação sobre o fato. Uma versão publicada no site do jornal "El Universal" afirmou que o exército teria confirmado pelo menos dois mortos, enquanto outra, extraoficial, no jornal "Reforma", disse que foram 12 os mortos no incidente.

Segundo Beltrán, as vítimas são três de seus homens, e uma menina de 11 anos de idade, que estava perto.

Os disparos foram registrados depois que os soldados conseguiram desarmar as autodefesas em "Quatro Caminhos", um cruzamento viário que une vários municípios da região conhecida como Terra Quente por causa das altas temperaturas na zona.


Em resposta, os moradores de Antúnez bloquearam a estrada Quatro Caminhos-Apatzingán para impedir a passagem de um comboio militar que marchava com as armas dos civis, e os militares abriram fogo contra os membros da milícia, relatou Beltrán.

"Aqui está o exército, não vamos entregar as armas. Aqui nós vamos morrer, vamos todos morrer", disse após acusar as autoridades de proteger aos narcotraficantes michoacanos.

Este novo capítulo de violência aconteceu apenas algumas umas horas depois de o secretário de governo, Miguel Ángel Osorio Chong, exigir que aos grupos de autodefesa retornem a seus lugares de origem em Michoacán e pedir que confiem um nova estratégia de segurança federal anunciada junto com o governador do estado, Fausto Vallejo.

O governo federal pediu as autodefesas que entreguem as armas e se incorporem aos corpos de segurança institucionais, caso contrário, advertiu que aplicaria a lei "de maneira rigorosa e indiscriminada".

O pedido foi rejeitado imediatamente pelas autodefesas através de uma mensagem de Estanislao Beltrán, que exigiu que o governo detenha os líderes dos templários antes que as autodefesas entreguem suas armas.

Hipólito Mora, líder de outro dos grupos de autodefesa, exigiu que Osorio Chong ataque os líderes "templários", como principal condição para iniciar o desarmamento pacífico.

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