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Milhares protestam em Tessalônica contra rigor fiscal

Tessalônica, Grécia - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, manifestou sua vontade de dar andamento a seu plano de rigor fiscal para tirar o país da crise financeira, apesar dos protestos de milhares de pessoas, que marcharam pelas ruas de Tessalônica (norte) contra sua política de ajuste. Os manifestantes, em torno de 20.000 segundo a polícia, […]

Multidão sai às ruas de Tessalônica para protestar contra medidas de Papandreou (.)

Multidão sai às ruas de Tessalônica para protestar contra medidas de Papandreou (.)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2010 às 18h03.

Tessalônica, Grécia - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, manifestou sua vontade de dar andamento a seu plano de rigor fiscal para tirar o país da crise financeira, apesar dos protestos de milhares de pessoas, que marcharam pelas ruas de Tessalônica (norte) contra sua política de ajuste.

Os manifestantes, em torno de 20.000 segundo a polícia, fizeram passeatas após serem convocados pelos sindicatos e partidos de esquerda na segunda maior cidade do país, gritando slogans como "quem tem que pagar a crise é o capitalismo" ou "nacionalização dos bancos".

Mas em seu discurso, feito na Feira Internacional de Tessalônica, o primeiro-ministro chamou os gregos a "continuar fazendo os esforços e sacrifícios" que permitiram, na opinião dele, "salvar o país da bancarrota".

"Promovo esta batalha sem pensar no custo político, é uma batalha para a sobrevivência da Grécia. Ou realizamos juntos, ou afundamos", afirmou.

Entre as medidas que devem ser adotadas rapidamente e que se somam à reforma do sistema de previdência e ao corte de salários dos funcionários públicos, Papandreou mencionou a adoção de um "novo marco regulatório para a manutenção dos hospitais", para, segundo ele, "colocar ordem nesse setor".

Também se comprometeu em "abrir" para o mercado profissões fechadas, como a dos camioneiros, reestruturar o Orgão Público das Ferrovias, muito endividado, assim como outros órgãos públicos endividados, e liberalizar o mercado de energia", em referência à supressão do monopólio da empresa pública de eletricidade.

Prometeu proteção "aos desempregados e outros grupos frágeis da sociedade, com um aporte de 3,5 bilhões de euros procedentes sobretudo dos programas europeus", assim como "a simplificação dos procedimentos para as empresas, destinados a promover os investimentos, o desenvolvimento verde, a pesquisa e a inovação".

Mas para os manifestantes, as consequências sociais do drástico plano de reajuste são inaceitáveis no dia a dia.

"Querem que o povo pague, mas são os industriais e os banqueiros que levaram o dinheiro", gritava Manolis Spathis, 24 anos, recém-formada em economia, que viajou de Atenas para protestar.

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