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Milhares de trabalhadores protestam em greve no Chile

Central Unitária de Trabalhadores convocou a greve para pedir um salário mínimo de US$ 500 frente, fim do sistema privado de previdência e uma reforma tributária

Manifestante é detido em meio a confronto com a polícia durante uma greve nacional em Santiago, no Chile (Carlos Vera/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 23h01.

Santiago do Chile - Milhares de trabalhadores marcharam nesta quinta-feira pelas ruas do Chile em uma greve nacional convocada pela principal central sindical do país para exigir melhores condições trabalhistas, em um dia com incidentes violentos isolados.

A Central Unitária de Trabalhadores (CUT) convocou a greve para pedir um salário mínimo de US$ 500 frente aos US$ 386 atuais, o fim do sistema privado de previdência e uma reforma tributária, entre outras reivindicações.

Os organizadores estiveram longe de paralisar o país, mas conseguiram colocar milhares de pessoas nas ruas, especialmente em Santiago, onde se reuniram 150 mil manifestantes, segundo os organizadores, e 15,5 mil, segundo os Carabineiros (polícia chilena).

O ministro do Interior, Andrés Chadwick, disse aos jornalistas que, de acordo com números da polícia, '45 mil pessoas participaram das passeatas em Santiago e 23 mil em outras regiões, enquanto o total de detidos foi de 90 na capital chilena e 30 no resto do país'.

O chefe da zona metropolitana de Santiago, general Rodolfo Pacheco, no entanto, informou que 'há seis policiais feridos, um com uma fratura grave em seu pé e os demais com lesões leves'.

Também houve manifestações em cidades como Iquique, Antofagasta, Copiapó, Valparaíso, Concepción, Temuco, Puerto Montt e Punta Arenas.

O governo garantiu que todos os serviços estatais, o transporte público e os aeroportos funcionaram com normalidade.

Segundo Chadwick, só 6,4% dos funcionários aderiram à greve, o que equivale a 10.259 de um total de 161 mil funcionários públicos que existem no país, enquanto os sindicatos elevaram esse número para 90%.

A greve começou na noite de quarta-feira com um panelaço em frente ao Palácio de la Moneda, a sede do Executivo, e na manhã desta quinta-feira grupos de encapuzados levantaram barricadas, queimaram um ônibus e bloquearam o trânsito em várias ruas da capital, em incidentes que resultaram em 24 detenções.

A ex-líder estudantil e atual candidata a deputada Camila Vallejo, presente também na manifestação, denunciou que num país 'que produz tanta riqueza' existem 'mais de 5,5 milhões de trabalhadores assalariados que geram milhões de pesos por salários miseráveis'.

Esta greve ocorre precisamente no 42º aniversário da nacionalização do cobre decretada em 1971 pelo presidente Salvador Allende, mas em 1981 Augusto Pinochet permitiu a concessão de sua exploração para empresas privadas.

Ao terminar a manifestação em Santiago, grupos de jovens queimaram um ponto de ônibus e feriram um advogado da CUT que tentou evitar um ataque a uma agência bancária. Três carabineiros também ficaram feridos nos enfrentamentos. EFE

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Santiago do Chile - Milhares de trabalhadores marcharam nesta quinta-feira pelas ruas do Chile em uma greve nacional convocada pela principal central sindical do país para exigir melhores condições trabalhistas, em um dia com incidentes violentos isolados.

A Central Unitária de Trabalhadores (CUT) convocou a greve para pedir um salário mínimo de US$ 500 frente aos US$ 386 atuais, o fim do sistema privado de previdência e uma reforma tributária, entre outras reivindicações.

Os organizadores estiveram longe de paralisar o país, mas conseguiram colocar milhares de pessoas nas ruas, especialmente em Santiago, onde se reuniram 150 mil manifestantes, segundo os organizadores, e 15,5 mil, segundo os Carabineiros (polícia chilena).

O ministro do Interior, Andrés Chadwick, disse aos jornalistas que, de acordo com números da polícia, '45 mil pessoas participaram das passeatas em Santiago e 23 mil em outras regiões, enquanto o total de detidos foi de 90 na capital chilena e 30 no resto do país'.

O chefe da zona metropolitana de Santiago, general Rodolfo Pacheco, no entanto, informou que 'há seis policiais feridos, um com uma fratura grave em seu pé e os demais com lesões leves'.

Também houve manifestações em cidades como Iquique, Antofagasta, Copiapó, Valparaíso, Concepción, Temuco, Puerto Montt e Punta Arenas.

O governo garantiu que todos os serviços estatais, o transporte público e os aeroportos funcionaram com normalidade.

Segundo Chadwick, só 6,4% dos funcionários aderiram à greve, o que equivale a 10.259 de um total de 161 mil funcionários públicos que existem no país, enquanto os sindicatos elevaram esse número para 90%.

A greve começou na noite de quarta-feira com um panelaço em frente ao Palácio de la Moneda, a sede do Executivo, e na manhã desta quinta-feira grupos de encapuzados levantaram barricadas, queimaram um ônibus e bloquearam o trânsito em várias ruas da capital, em incidentes que resultaram em 24 detenções.

A ex-líder estudantil e atual candidata a deputada Camila Vallejo, presente também na manifestação, denunciou que num país 'que produz tanta riqueza' existem 'mais de 5,5 milhões de trabalhadores assalariados que geram milhões de pesos por salários miseráveis'.

Esta greve ocorre precisamente no 42º aniversário da nacionalização do cobre decretada em 1971 pelo presidente Salvador Allende, mas em 1981 Augusto Pinochet permitiu a concessão de sua exploração para empresas privadas.

Ao terminar a manifestação em Santiago, grupos de jovens queimaram um ponto de ônibus e feriram um advogado da CUT que tentou evitar um ataque a uma agência bancária. Três carabineiros também ficaram feridos nos enfrentamentos. EFE

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