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Milhares de sul-africanos na fila para homenagear Mandela

corpo de Mandela está coberto por um toldo e no caixão é possível ver a metade superior de seu corpo

Africanos na fila para homenagear Mandela: capela ardente de Mandela permanecerá aberta à visitação até sexta-feira (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 10h59.

Pretoria - Milhares de sul-africanos aguardavam pacientemente na fila nesta quinta-feira em Pretória para prestar homenagem a Nelson Mandela , acompanhado a todo momento por um membro da família como determina a tradição.

A capela ardente de Mandela, que faleceu na semana passada aos 95 anos, abriu pelo segundo dia no Prédio da União de Pretória, sede do governo e local onde o líder sul-africano tomou posse como primeiro presidente negro e democrático da África do Sul em 1994.

Uma longa fila era observada perto do local. O corpo de Mandela está coberto por um toldo e no caixão é possível ver a metade superior de seu corpo.

Um integrante da família Mandela está constantemente a seu lado, como determina a tradição antes do sepultamento.

"Uma parte da família já está em Qunu, onde acontecerá o enterro, mas outros estão em Pretória porque não podemos deixar Madiba sozinho", disse o porta-voz da família, Temba Matanzima.

O caixão com o corpo de Mandela voltou a percorrer o mesmo trajeto de quarta-feira, entre o hospital militar Uno e o grande edifício neoclássico da União, uma construção de 1913.

Um carro fúnebre com o caixão, coberto com a bandeira sul-africana e escoltado por motoristas, saiu do hospital militar e percorreu os seis quilômetros até o Prédio da União, local da capela ardente.

Como aconteceu na quarta-feira, os sul-africanos aguardaram nas ruas para saudar o cortejo.

"Fico arrepiada. É como quando os seus pais morrem, Choro por meu presidente", disse Johanna Moyo, de 41 anos.

Vicky Joubert, de 40 anos, branca africâner, estava com a filha de 11 anos para homenagear Mandela.

"Ele fez algo por este país que nós (os africâneres) não teríamos feito facilmente. Temos que trabalhar juntos ou este país não funcionará. Brigar não ajuda", afirmou.

A capela ardente de Mandela permanecerá aberta à visitação até sexta-feira. No domingo ele será enterrado em Qunu, a cidade em que passou a infância e que teve que abandonar após a morte do pai.

O sepultamento acontecerá após uma semana de homenagens, incluindo a cerimônia oficial de terça-feira no estádio Soccer City de Soweto, em Johannesburgo, diante de mais de 90 chefes de Estado e de Governo.

As vaias ao presidente Jacob Zuma, a foto descontraída — em demasia, segundo os críticos — do presidente americano Barack Obama com o primeiro-ministro britânico David Cameron e a primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schimdt, assim como o aperto de mãos entre Obama e Raúl Castro e o "falso intérprete" da linguagem dos sinais chamaram a atenção em todo o mundo.

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Pretoria - Milhares de sul-africanos aguardavam pacientemente na fila nesta quinta-feira em Pretória para prestar homenagem a Nelson Mandela , acompanhado a todo momento por um membro da família como determina a tradição.

A capela ardente de Mandela, que faleceu na semana passada aos 95 anos, abriu pelo segundo dia no Prédio da União de Pretória, sede do governo e local onde o líder sul-africano tomou posse como primeiro presidente negro e democrático da África do Sul em 1994.

Uma longa fila era observada perto do local. O corpo de Mandela está coberto por um toldo e no caixão é possível ver a metade superior de seu corpo.

Um integrante da família Mandela está constantemente a seu lado, como determina a tradição antes do sepultamento.

"Uma parte da família já está em Qunu, onde acontecerá o enterro, mas outros estão em Pretória porque não podemos deixar Madiba sozinho", disse o porta-voz da família, Temba Matanzima.

O caixão com o corpo de Mandela voltou a percorrer o mesmo trajeto de quarta-feira, entre o hospital militar Uno e o grande edifício neoclássico da União, uma construção de 1913.

Um carro fúnebre com o caixão, coberto com a bandeira sul-africana e escoltado por motoristas, saiu do hospital militar e percorreu os seis quilômetros até o Prédio da União, local da capela ardente.

Como aconteceu na quarta-feira, os sul-africanos aguardaram nas ruas para saudar o cortejo.

"Fico arrepiada. É como quando os seus pais morrem, Choro por meu presidente", disse Johanna Moyo, de 41 anos.

Vicky Joubert, de 40 anos, branca africâner, estava com a filha de 11 anos para homenagear Mandela.

"Ele fez algo por este país que nós (os africâneres) não teríamos feito facilmente. Temos que trabalhar juntos ou este país não funcionará. Brigar não ajuda", afirmou.

A capela ardente de Mandela permanecerá aberta à visitação até sexta-feira. No domingo ele será enterrado em Qunu, a cidade em que passou a infância e que teve que abandonar após a morte do pai.

O sepultamento acontecerá após uma semana de homenagens, incluindo a cerimônia oficial de terça-feira no estádio Soccer City de Soweto, em Johannesburgo, diante de mais de 90 chefes de Estado e de Governo.

As vaias ao presidente Jacob Zuma, a foto descontraída — em demasia, segundo os críticos — do presidente americano Barack Obama com o primeiro-ministro britânico David Cameron e a primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schimdt, assim como o aperto de mãos entre Obama e Raúl Castro e o "falso intérprete" da linguagem dos sinais chamaram a atenção em todo o mundo.

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