Pompeo: atual diretor da CIA também dirá ao Senado que os esforços diplomáticos com os russos, embora desafiadores, precisam continuar (Leah Millis/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de abril de 2018 às 22h18.
Última atualização em 11 de abril de 2018 às 22h34.
O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Mike Pompeo, escolhido para ser o próximo secretário de Estado do país, deve dizer ao Senado nesta quinta-feira que os anos de políticas brandas de Washington em relação à Rússia "estão acabados". Contrastando com o antecessor Rex Tillerson, Pompeo irá prometer a promoção da democracia e dos direitos humanos e, ao mesmo tempo, acabar com as vagas "desmoralizantes" no Departamento de Estado.
De acordo com comentários preparados, Pompeo irá castigar a Rússia por agir "agressivamente" e enfatizar que o governo de Donald Trump considera Moscou "um perigo para o nosso país". No entanto, ele também dirá que os esforços diplomáticos com os russos, embora desafiadores, precisam continuar. A Associated Press obteve trechos das observações de Pompeo por meio de um funcionário do governo Trump.
Ele também irá enfatizar o "dever de liderar" dos EUA, apesar dos desejos de Trump de colocar o país em primeiro lugar. "Se não liderarmos os apelos por democracia, prosperidade e direitos humanos em todo o mundo, quem fará isso?", questionará Pompeo. "Nenhuma outra nação está equipada com a mesma mistura de poder e princípios."
As declarações de Pompeo serão feitas nesta quinta-feira ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, na primeira chance para que os congressistas ouçam diretamente dele sua abordagem em relação à diplomacia e ao papel do Departamento de Estado, caso seja confirmado. A opinião de Pompeo sobre questões globais é bem conhecida - ele foi questionado por senadores sobre ela durante a audiência de confirmação para o comando da CIA - mas senadores democratas levantaram questões sobre sua aptidão para ser o principal diplomata dos EUA, dadas suas opiniões agressivas e comentários anteriores sobre minorias.
"Quando os jornalistas, a maioria dos quais nunca me conheceu, me rotulam como falcão, linha-dura de guerra ou pior, eu balanço minha cabeça. A guerra é sempre o último recurso", dirá.
Fonte: Associated Press.