México pede à OMS que obtenha acordo para troca de vírus da gripe A
México quer que nações que possuam o vírus o compartilhem com países capazes de produzir a vacina
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 15h08.
Genebra - O México solicitou nesta segunda-feira ao Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que faça tudo o que for necessário para conseguir um acordo para a troca de vírus da gripe A e um acesso às vacinas equitativo entre todos os países.
Em seu discurso diante do conselho, que se reúne esta semana em Genebra, o secretário de Saúde do México, José Ángel Córdova Villalobos, pediu rapidez na negociação.
"Reiteramos a necessidade urgente de que em abril se conclua de maneira bem-sucedida a negociação para a troca de vírus gripais e o acesso a benefícios", disse.
Pelo acordo, os países que possuem a cepa do vírus causador da doença a compartilhariam com os que têm capacidade para produzir a vacina.
Córdova declarou à Agência Efe que o objetivo do México é que o novo acordo possa ser adotado na próxima Assembleia Mundial da OMS, em maio, por isso que as negociações teriam que terminar em abril.
"É um tema fundamental, porque, embora a pandemia do H1N1 tenha sido muito mais leve do que parecia no início, o perigo do H5N1 (causador da gripe aviária) continua presente", afirmou o secretário.
"Requereremos um sistema de preparação e resposta às pandemias que seja eficaz, transparente, eficiente, equitativo e justo", declarou Córdova.
"Um sistema com ferramentas múltiplas, que inclua o fortalecimento das capacidades de laboratório e vigilância, a ampliação da capacidade de produção mundial de vacinas antigripais, e o melhoramento do acesso e da distribuição de vacinas" e materiais de diagnóstico, acrescentou.
Córdova ressaltou que o acordo tem que garantir a "equidade e a solidariedade" entre os países, para que todos tenham acesso igual às vacinas.
"No caso do H1N1, o México foi muito generoso ao compartilhar o vírus com todos aqueles que solicitaram, mas depois não foi nada fácil obter as vacinas para lutar contra ele".