Exame Logo

México investiga se mortos em foram vítimas de policiais

O governo de Oaxaca já identificou as seis pessoas que morreram nos confrontos registrados em Asunción Nochixtlán

México: os professores garantiram que os atos de violência foram provocados por "infiltrados" vestidos de civis (Jorge Luis Plata / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 14h34.

Autoridades mexicanas investigavam nesta segunda-feira se, entre as seis pessoas mortas nos confrontos de domingo entre policiais e professores no estado de Oaxaca, sul do México, há vítimas de disparos policiais.

O governo de Oaxaca já identificou as seis pessoas que morreram nos confrontos registrados em Asunción Nochixtlán, quando 800 policiais federais e do estado usaram gás lacrimogêneo para desalojar milhares de professores da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), que bloqueavam estradas há uma semana, apoiadores por estudantes e simpatizantes.

Já na localidade de Juchitán um fotojornalista foi assassinado a tiros por homens mascarados quando fotografava saques.

Enrique Galindo, delegado da Polícia Federal, explicou à Radio Fórmula que está sendo "realizado a necropsia" para determinar se alguma das vítimas, todas com entre 19 e 33 anos de idade, foi atingida por disparos de policiais.

Mas um líder da Seção 22 da Coordenadoria Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Juan Garcis Garcia, indicou nesta segunda que oito pessoas morreram no "massacre".

Os professores garantiram que os atos de violência foram provocados por "infiltrados" vestidos de civis e exigem a renúncia do governador de Oaxaca, Gabino Cué.

Garcia pediu uma investigação dos fatos pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). "Os policiais estavam armados. Dispararam sem piedade", assegurou.

A CNTE protesta contra uma reforma educativa promulgada em 2013 que contempla principalmente a avaliação dos docentes.

Além disso, os professores exigem a libertação imediata de dois de seus líderes detidos recentemente: Rubén Núñez, secretário-geral da seção 22 da CNTE, investigado por enriquecimento ilícito, e Francisco Villalobos, secretário da mesma organização, acusado de roubo com agravante de livros oficiais da Secretaria de Educação Pública.

O governador do estado classificou a situação de "atos desmedidos de inconformidade" que durante 35 dias provocaram bloqueios de estradas em 37 pontos estratégicos de Oaxaca, "afetando de maneira grave o abastecimento de bens de primeira necessidade".

O secretário de Segurança Pública do estado, Jorge Alberto Ruiz, anunciou o balanço preliminar de seis civis mortos e 41 policiais federais feridos (três por tiros), assim como 14 agentes estaduais (cinco por tiro) e 53 civis.

Os feridos, muitos deles em estado "crítico", foram levados para a igreja de Asunción Nochixtlán e depois transportados para vários hospitais.

Paramédicos que falaram na condição de anonimato confirmaram a morte a tiros de três pessoas: dois jovens de 23 e 28 anos e um menor de idade, aparentemente estudante do Ensino Médio.

Os confrontos também explodiram em outras localidades com bloqueios de estradas, como Hacienda Blanca e Juchitán de Zaragoza, onde o fotojornalista Elidio Ramos, do jornal El Sur del Istmo, foi baleado e morto.

Veja também

Autoridades mexicanas investigavam nesta segunda-feira se, entre as seis pessoas mortas nos confrontos de domingo entre policiais e professores no estado de Oaxaca, sul do México, há vítimas de disparos policiais.

O governo de Oaxaca já identificou as seis pessoas que morreram nos confrontos registrados em Asunción Nochixtlán, quando 800 policiais federais e do estado usaram gás lacrimogêneo para desalojar milhares de professores da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), que bloqueavam estradas há uma semana, apoiadores por estudantes e simpatizantes.

Já na localidade de Juchitán um fotojornalista foi assassinado a tiros por homens mascarados quando fotografava saques.

Enrique Galindo, delegado da Polícia Federal, explicou à Radio Fórmula que está sendo "realizado a necropsia" para determinar se alguma das vítimas, todas com entre 19 e 33 anos de idade, foi atingida por disparos de policiais.

Mas um líder da Seção 22 da Coordenadoria Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Juan Garcis Garcia, indicou nesta segunda que oito pessoas morreram no "massacre".

Os professores garantiram que os atos de violência foram provocados por "infiltrados" vestidos de civis e exigem a renúncia do governador de Oaxaca, Gabino Cué.

Garcia pediu uma investigação dos fatos pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). "Os policiais estavam armados. Dispararam sem piedade", assegurou.

A CNTE protesta contra uma reforma educativa promulgada em 2013 que contempla principalmente a avaliação dos docentes.

Além disso, os professores exigem a libertação imediata de dois de seus líderes detidos recentemente: Rubén Núñez, secretário-geral da seção 22 da CNTE, investigado por enriquecimento ilícito, e Francisco Villalobos, secretário da mesma organização, acusado de roubo com agravante de livros oficiais da Secretaria de Educação Pública.

O governador do estado classificou a situação de "atos desmedidos de inconformidade" que durante 35 dias provocaram bloqueios de estradas em 37 pontos estratégicos de Oaxaca, "afetando de maneira grave o abastecimento de bens de primeira necessidade".

O secretário de Segurança Pública do estado, Jorge Alberto Ruiz, anunciou o balanço preliminar de seis civis mortos e 41 policiais federais feridos (três por tiros), assim como 14 agentes estaduais (cinco por tiro) e 53 civis.

Os feridos, muitos deles em estado "crítico", foram levados para a igreja de Asunción Nochixtlán e depois transportados para vários hospitais.

Paramédicos que falaram na condição de anonimato confirmaram a morte a tiros de três pessoas: dois jovens de 23 e 28 anos e um menor de idade, aparentemente estudante do Ensino Médio.

Os confrontos também explodiram em outras localidades com bloqueios de estradas, como Hacienda Blanca e Juchitán de Zaragoza, onde o fotojornalista Elidio Ramos, do jornal El Sur del Istmo, foi baleado e morto.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMéxicoMortesProtestosProtestos no mundo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame