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México diz que protestos contra Trump evidenciam ofensa ao país

O grito unânime contra Donald Trump e o pedido de "respeito" uniram no domingo, na capital e em outras cidades do México, dezenas de milhares de pessoas

Protesto: o ato "ratifica que o México é um país onde os cidadãos exercem com plenitude suas liberdades democráticas" (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Protesto: o ato "ratifica que o México é um país onde os cidadãos exercem com plenitude suas liberdades democráticas" (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 13h09.

Cidade do México - As manifestações contra Donald Trump, que no domingo reuniram milhares de pessoas em várias cidades mexicanas, deixam patente "a ofensa" que representam para o país as políticas do presidente dos Estados Unidos, afirmou nesta segunda-feira o secretário de Relações Exteriores do México, Luis Videgaray.

O protesto "ratifica que o México é um país onde os cidadãos exercem com plenitude suas liberdades democráticas", mas também é "mais um sinal que põe em evidência a ofensa" sofrida pelos mexicanos, indicou Videgaray em entrevista ao noticiário matutino da emissora "Televisa".

Videgaray também confirmou que "nas próximas semanas" receberá a visita do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, e que a data da viagem será anunciada "muito em breve, provavelmente hoje".

A essa visita se somará a do secretário de Segurança Interna dos EUA, John Kelly, que, inclusive, poderia vir junto com Tillerson, revelou Videgaray.

"Isto ainda será definido", mas "é provável que venham juntos", detalhou o secretário de Relações Exteriores mexicano.

Além disso, Videgaray negou as versões veiculadas na imprensa nos últimos dias relativas a sua suposta participação na redação de um discurso de Trump sobre o México para suavizá-lo.

Videgaray também reiterou que são "absolutamente falsas" as informações que alegam que o governante americano ameaçou por telefone o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, com o envio de tropas ao país latino-americano para ajudá-lo na luta contra o narcotráfico.

O grito unânime contra Donald Trump e o pedido de "respeito" uniram no domingo, na capital e em outras cidades do México, dezenas de milhares de pessoas, que proferiram palavras de ordem em defesa da unidade e derrubaram simbolicamente uma reprodução do muro que o magnata pretende construir na fronteira comum.

A maior manifestação foi na Cidade do México e contou com a presença de aproximadamente 20 mil pessoas.

Os cartazes, escritos em inglês e espanhol, traziam dizeres como: "Mais pontes, e não muros", "Os trabalhadores mexicanos ajudaram a construir os EUA" e "Make México Great Again" ("Façamos o México grande outra vez", uma referência ao slogan da campanha presidencial de Trump, "Make America Great Again").

A marcha em Guadalajara, capital do estado de Jalisco, foi a segunda maior, ao reunir cerca de 10 mil pessoas, e também contou com protestos contra Peña Nieto pelo aumento recente nos preços dos combustíveis no país.

Villahermosa (Tabasco), Morelia (Michoacán), Mérida (Iucatã), Monterrey (Nuevo Leão) e Tijuana (Baixa Califórnia) foram outras cidades que registraram manifestações contra o presidente americano.

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