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México anuncia redução de 74,5% do fluxo migratório irregular para os EUA

No ano passado, Trump ameaçou aplicar sanções contra o México caso o número de imigrantes ilegais não diminuísse

Entre janeiro e maio de 2019, a migração irregular na fronteira sul dos EUA disparou quase 150% (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Entre janeiro e maio de 2019, a migração irregular na fronteira sul dos EUA disparou quase 150% (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 09h03.

O chanceler do México, Marcelo Ebrard, anunciou nesta quarta-feira que o fluxo migratório de pessoas sem documentação regular que cruzam a fronteira para os Estados Unidos, sobretudo centro-americanos, diminuiu 74,5% em oito meses desde que o México apresentou seu plano de migração e desenvolvimento.

"As travessias para os Estados Unidos reduziram em 74,5%, coincidindo com os resgates do Instituto Nacional de Migração (INM)", disse Ebrard durante a coletiva de imprensa matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.

O chanceler afirmou que o México "hoje tem resultados positivos", não apenas porque o fluxo irregular de migrantes está sendo reduzido, mas também porque as pessoas que estão no território nacional "estão seguras".

Entre janeiro e maio de 2019, a migração sem documentação regular na fronteira sul dos EUA disparou quase 150%, gerando uma reação furiosa do presidente Donald Trump, que ameaçou impor tarifas altas ao México se ele não interrompesse esses fluxos.

Em junho passado, o México se comprometeu com os Estados Unidos a tomar "medidas sem precedentes" para conter a migração, um acordo que foi a tábua de salvação para impedir a tarifação de suas exportações - 80% das quais vão para os Estados Unidos.

Desde então, o governo López Obrador enviou cerca de 26.000 militares, além de agentes de imigração nas fronteiras norte e sul.

"Nosso objetivo é que as pessoas que estão em território nacional concordem com as formas da lei mexicana", disse Ebrard.

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