Metade dos uruguaios aprova gestão de José Mujica
A pesquisa mostrou que 26% desaprovam a sua gestão
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 07h50.
Montevidéu - Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostrou que 49% dos uruguaios aprovam a administração do presidente José Mujica , contra 26% que desaprovam a sua gestão, a 39 dias da eleição presidencial no Uruguai , onde a reeleição não é permitida.
"O presidente segue mantendo um nível de apoio importante", disse o diretor do Equipos Consultores, Ignacio Zuasnábar, ao jornal Subrayado sobre a pesquisa realizada entre agosto e setembro com 909 pessoas com idades acima de 18 anos em todo o país.
Dos consultados pelo instituto, 24% não aprovam nem desaprovam a gestão do presidente, enquanto 1% não opinou. Em agosto, a aprovação era de 52%, mas a desaprovação chegava a 28%.
Em um país que em que a reeleição consecutiva não é permitida, Tabaré Vázquez, que em 2005 foi o primeiro presidente de esquerda da história do Uruguai, disputará a eleição presidencial como o candidato governista à sucessão de Mujica.
Na fase final da campanha eleitoral, Vázquez aparece como favorito nas pesquisas seguido do candidato do Partido Nacional, Luis Lacalle Pou, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995).
Apesar do bom nível de popularidade do governo, a grande medida de José Mujica - a polêmica legalização da maconha no Uruguai - foi apontada como um dos aspectos negativos do governo, junto com a insegurança.
Mujica foi o maior defensor da lei que em dezembro regulou o mercado da maconha, colocando o Uruguai no centro das atenções mundiais por ter sido o primeiro país a regular a produção e a comercialização da droga.
Os consultados destacaram como elementos positivos do governo de Mujica temas ligados "à sua ênfase em políticas sociais (...), ao seu apoio às classes mais desfavorecidas e ao crescimento econômico", disse Zuasnábar.
Em 2013, o Uruguai registrou seu décimo primeiro ano consecutivo de crescimento. O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma expansão de 3,7% no segundo trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, superando Brasil e Argentina, seus vizinhos e sócios comerciais.