Metade dos brasileiros temem que Brasil seja atacado por causa da Amazônia
Segundo o Ipea, 50,2% dos entrevistados consideram 'muito' ou 'totalmente' possível que o país seja alvo de agressão militar estrangeira
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 20h15.
Rio de Janeiro - Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que metade dos brasileiros considera real o risco de o Brasil sofrer nas próximas duas décadas um ataque de algum país interessado em se apoderar de áreas estratégicas.
A pesquisa escutou 3.796 pessoas de 212 municípios nos 26 estados e Distrito Federal. Segundo o Ipea, 50,2% dos entrevistados consideram 'muito' ou 'totalmente' possível que o Brasil seja alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia .
Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal, que podem transformar o país em um dos maiores exportadores de petróleo.
Apenas 30% descartam totalmente a ocorrência de um conflito por ambos motivos, segundo a pesquisa, que tem uma margem de erro de 5 pontos percentuais.
'As duas regiões são apontadas como estratégicas em todos os documentos de defesa e essa percepção está presente entre a população brasileira embora não seja algo de seu cotidiano', afirmou Edison Benedito, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e um dos responsáveis pelo estudo.
O funcionário qualificou como 'surpreendente' a alta percentagem de pessoas que teme uma agressão externa pela Amazônia ou pelo pré-sal e destacou que o temor é principalmente elevado (66%) entre a população que vive na região amazônica.
Já a assessora técnica do Ipea, Luciana Acioly, considerou os resultados da pesquisa como uma demonstração que a população está atenta aos assuntos relativos às riquezas do país e ao maior protagonismo mundial do Brasil.
'Essa importância que o Brasil está ganhando no mundo leva a população a perceber quais as encruzilhadas em que nos encontramos', comentou
Segundo a enquete, 34,7% das pessoas temem que o Brasil se envolva em uma guerra com outro país nos próximos 20 anos, contra 30,4% que consideram isso pouco provável e 34,3% que acreditam ser impossível.
Entre os países que representariam maior ameaça, a lista é liderada por Estados Unidos (37%), seguido por Argentina (15,6%) e Bolívia (12,2%).
Curiosamente, esses mesmos países também foram apontados como maiores aliados: EUA (32,4%), Argentina (31,4%), China (16,7%), Bolívia (15,1%) e Paraguai (15%).
'Considerávamos que a percentagem dos que manifestariam temor aos conflitos armados com outro país seria menor. Foi surpreendente essa percepção da população já que o último conflito em que o Brasil se envolveu foi a Segunda Guerra Mundial e o último com ampla mobilização de recursos foi a guerra contra o Paraguai há mais de 140 anos', declarou Rodrigo Gracalossi, outro técnico do Ipea.
Além do temor de guerra, os entrevistados responderam que têm medo do crime organizado (54%), como tráfico de drogas e armas, de desastres ambientais ou climáticos (38%), de epidemias (30%) e terrorismo (29%).
Rio de Janeiro - Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que metade dos brasileiros considera real o risco de o Brasil sofrer nas próximas duas décadas um ataque de algum país interessado em se apoderar de áreas estratégicas.
A pesquisa escutou 3.796 pessoas de 212 municípios nos 26 estados e Distrito Federal. Segundo o Ipea, 50,2% dos entrevistados consideram 'muito' ou 'totalmente' possível que o Brasil seja alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia .
Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal, que podem transformar o país em um dos maiores exportadores de petróleo.
Apenas 30% descartam totalmente a ocorrência de um conflito por ambos motivos, segundo a pesquisa, que tem uma margem de erro de 5 pontos percentuais.
'As duas regiões são apontadas como estratégicas em todos os documentos de defesa e essa percepção está presente entre a população brasileira embora não seja algo de seu cotidiano', afirmou Edison Benedito, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e um dos responsáveis pelo estudo.
O funcionário qualificou como 'surpreendente' a alta percentagem de pessoas que teme uma agressão externa pela Amazônia ou pelo pré-sal e destacou que o temor é principalmente elevado (66%) entre a população que vive na região amazônica.
Já a assessora técnica do Ipea, Luciana Acioly, considerou os resultados da pesquisa como uma demonstração que a população está atenta aos assuntos relativos às riquezas do país e ao maior protagonismo mundial do Brasil.
'Essa importância que o Brasil está ganhando no mundo leva a população a perceber quais as encruzilhadas em que nos encontramos', comentou
Segundo a enquete, 34,7% das pessoas temem que o Brasil se envolva em uma guerra com outro país nos próximos 20 anos, contra 30,4% que consideram isso pouco provável e 34,3% que acreditam ser impossível.
Entre os países que representariam maior ameaça, a lista é liderada por Estados Unidos (37%), seguido por Argentina (15,6%) e Bolívia (12,2%).
Curiosamente, esses mesmos países também foram apontados como maiores aliados: EUA (32,4%), Argentina (31,4%), China (16,7%), Bolívia (15,1%) e Paraguai (15%).
'Considerávamos que a percentagem dos que manifestariam temor aos conflitos armados com outro país seria menor. Foi surpreendente essa percepção da população já que o último conflito em que o Brasil se envolveu foi a Segunda Guerra Mundial e o último com ampla mobilização de recursos foi a guerra contra o Paraguai há mais de 140 anos', declarou Rodrigo Gracalossi, outro técnico do Ipea.
Além do temor de guerra, os entrevistados responderam que têm medo do crime organizado (54%), como tráfico de drogas e armas, de desastres ambientais ou climáticos (38%), de epidemias (30%) e terrorismo (29%).