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Metade do povo sírio dependerá de ajuda humanitária em 2013

O cálculo foi feito pela ONU


	Campo de refugiados sírios perto da fronteira turca, 31 de janeiro, 2012: a cada dia o número de expatriados aumenta em 7 mil pessoas
 (Aamir Qureshi/AFP)

Campo de refugiados sírios perto da fronteira turca, 31 de janeiro, 2012: a cada dia o número de expatriados aumenta em 7 mil pessoas (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 11h39.

Genebra - A ONU calcula que ao final deste ano mais de 10 milhões de sírios dependerão da ajuda humanitária exterior e que para atender suas necessidades pediram US$ 5,2 bilhões.

"Essa convocação é em massa em um contexto humanitário, mas mais de US$ 5 bilhões é o que se gasta em sorvetes em 32 dias nos Estados Unidos e o que gastam os motoristas alemães com combustível em seis semanas", declarou à imprensa o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres.

O pedido de fundos feito hoje pela ONU, em reunião com representantes de países doadores, é 2,5 vezes o valor do financiamento que se calculava no início do ano que seria necessária para prestar socorro até dezembro às vítimas de dois anos de guerra na Síria.

O alto representante da ONU considerou que a crise no país é a maior ameaça para a segurança internacional "desde a Guerra Fria".

Guterres falou no "colapso" do Estado sírio, a "destruição física do país" e o iminente perigo de "que o conflito se estenda ao Iraque e ao Líbano".


"Há um risco de explosão no Oriente Médio para o qual a comunidade internacional não está preparada", advertiu.

Segundo os dados fornecidos pela ONU, atender aos refugiados sírios - que de mais de 1,5 milhão calcula-se que passarão dos 3,5 milhões por volta do fim do ano - custará US$ 3,8 bilhões, quantia que inclui os US$ 800 milhões solicitados diretamente pelos governos jordaniano e libanês, que recebem a maior quantidade de refugiados.

Guterres disse que a cada dia o número de expatriados aumenta em 7 mil pessoas.

Outros US$ 1,4 bilhão será necessário para atender a 6,8 milhões de pessoas dentro da Síria, dos quais 4,2 milhões serão deslocados internos.

Os refugiados se concentram atualmente no Líbano e na Jordânia, com cerca de meio milhão de refugiados sírios em cada um desses países, e em menor escala na Turquia (cerca de 350 mil), Iraque (aproximadamente 147 mil) e Egito (algo em torno de 66 mil).

Do total de refugiados procedentes da Síria, 100 mil são palestinos que viviam em acampamentos dentro do país e que "gozavam de seis décadas de relativa estabilidade e segurança", na opinião do escritório do alto comissário. EFE

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