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Meta gera indignação no Canadá por bloquear notícias em meio à crise de incêndios

A gigante da tecnologia Meta foi acusada de colocar vidas humanas em risco no Canadá ao bloquear links de notícias em sua rede social Facebook

CHINA - 2023/02/19: In this photo illustration, the American online social media, social networking service, and virtual metaverse company formally known as Facebook (FB), Meta Platforms logo is seen displayed on a smartphone with an economic stock exchange index graph in the background. (Photo Illustration by Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (LightRocket/Getty Images)

CHINA - 2023/02/19: In this photo illustration, the American online social media, social networking service, and virtual metaverse company formally known as Facebook (FB), Meta Platforms logo is seen displayed on a smartphone with an economic stock exchange index graph in the background. (Photo Illustration by Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (LightRocket/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 26 de agosto de 2023 às 14h06.

A gigante da tecnologia Meta foi acusada de colocar vidas humanas em risco no Canadá ao bloquear links de notícias em sua rede social Facebook, enquanto milhares de pessoas fogem de suas casas e estão desesperadas por atualizações sobre os incêndios florestais.A situação "é perigosa", disse Kelsey Worth, de 35 anos, uma dos quase 20 mil habitantes de Yellowkife e milhares de outras pequenas cidades que receberam ordens das autoridades para evacuar os Territórios do Noroeste.

Worth descreveu à AFP como tem sido "muito difícil" para ela e outros evacuados encontrar informações verificadas sobre os incêndios, que assolam o território semi-ártico e outras partes do Canadá.

Em 1º de agosto, a Meta começou a bloquear a distribuição de links de notícias em suas plataformas Facebook e Instagram em resposta a uma recente lei canadense que exige que os gigantes da tecnologia paguem aos veículos de comunicação pelo conteúdo noticioso.

Com base em uma legislação semelhante da Austrália, a lei aprovada em junho, mas que deverá entrar em vigor no próximo ano, destina-se a apoiar uma imprensa em dificuldades no Canadá.

A Meta afirma que essa norma está errada e insiste que os veículos compartilhem conteúdos em suas plataformas para atrair leitores, o que beneficia apenas a empresa.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticou a Meta esta semana, dizendo que é "inconcebível que uma empresa como o Facebook escolha colocar os lucros corporativos" à frente da segurança.

Quase 80% de todas as receitas publicitárias na Internet no Canadá vão para a Meta e para o Google, que expressou as suas próprias reservas sobre a lei.

- "Vida ou morte" -

Vários dos grandes jornais do Canadá, como o Globe and Mail e o Toronto Star, lançaram campanhas para tentar levar os leitores diretamente aos seus sites, uma opção menos acessível para veículos menores.

"Peço que considerem tomar as ações humanitárias necessárias e que levantem imediatamente a proibição de notícias e informações canadenses vitais para as comunidades que enfrentam esta emergência de incêndio florestal", escreveu em uma carta esta semana a presidente da emissora pública CBC, Catherine Tait.

Com mais de 1.000 focos de incêndio em todo o Canadá, "a necessidade de informações confiáveis e atualizadas pode literalmente fazer a diferença entre a vida e a morte", afirmou.

A Meta, que não respondeu aos pedidos de comentários da AFP, rejeitou a sugestão da CBC. Em vez disso, incentivou os canadenses a usar o recurso "Verificação de segurança" do Facebook para que seus contatos saibam se estão seguros ou não.

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