Mundo

Mesquita turca realiza velório das 9 vítimas de frota atacada

Além das centenas de pessoas que estiveram dentro do templo, havia também milhares de pessoas do lado de fora em silêncio respeitoso

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2010 às 10h45.

Ancara - Cerca de 15 mil pessoas se concentraram nesta quinta-feira (3) nos arredores da mesquita de Fatih, em Instambul, para assistir ao velório dos nove ativistas turcos que perderam a vida no ataque do Exército israelense à frota com ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A cerimônia ocorreu dentro da mesquita com os nove caixões cobertos com bandeiras turcas e palestinas. Além das centenas de pessoas que estiveram dentro do templo, havia também milhares de pessoas do lado de fora em silêncio respeitoso, informou a imprensa turca.

Após o fim da cerimônia, alguns dos congregados gritaram palavras de ordem como "abaixo Israel" e gritos de "Alá é grande".

Dois dos corpos serão enterrados em Istambul hoje, enquanto os demais serão transferidos às cidades de origem.

Entre os mortos, está um jovem de 19 anos com dupla nacionalidade turco-americana, que será enterrado na cidade de Kayseri.

Os nove morreram por disparos de bala. Quatro deles apresentavam ferimentos de balas na cabeça e um no peito, inclusive a curta distância, segundo legistas citados pela emissora "NTV".

Já os ativistas turcos feridos que sobreviveram passam por exames médicos para que seja determinado o estado de saúde em um hospital de Istambul devido aos temores expressos por alguns que durante o cativeiro puderam ter sido envenenados com substâncias químicas.

O procurador-geral de Ancara começou também hoje a interrogar alguns dos feridos no hospital Atatürk da capital turca. Ele pretende abrir um processo judicial contra os israelenses responsáveis pelo ataque aos mortos e feridos no incidente.

O primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, reiterou também que a Turquia buscará apresentar denúncias contra todos os responsáveis israelenses pelo ataque ao comboio naval.

A ONG turca IHH, uma das organizadoras da frota, denunciou hoje que três ativistas da viagem estão desaparecidos e que poderiam estar mortos.

O presidente da IHH, Bulent Yildirim, que estava a bordo do navio "Mavi Marmara" atacado, criticou que Israel só repatriou 21 feridos dos 38 entregues pelos médicos que viajavam no navio.

Acompanhe tudo sobre:Oriente Médio

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano