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Mesmo com proibições, milhares celebram o Dia do Orgulho LGBTQIA+ em Seul

Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia, ainda não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo

A celebração do Dia do Orgulho de Seul é uma das maiores da Ásia (AFP/AFP)

A celebração do Dia do Orgulho de Seul é uma das maiores da Ásia (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 1 de junho de 2024 às 09h28.

Dezenas de milhares de sul-coreanos celebraram neste sábado, 1º, o Dia do Orgulho LGBTQIA+ em Seul, capital do país -- apesar de as autoridades terem proibido fazê-lo nos locais mais emblemáticos da cidade. 

A Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia, ainda não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e os ativistas também pedem leis que proíbam a discriminação com base na orientação sexual.

A Parada do Orgulho de Seul, uma das maiores da Ásia, comemora seu 25º aniversário este ano. Pelo segundo ano consecutivo, as autoridades locais proibiram a realização do desfile no Seoul Plaza, em frente à Câmara Municipal, onde costumam acontecer grandes celebrações.

Embora o prefeito conservador de Seul, Oh Se-hoon, garanta que “pessoalmente não pode concordar com a homossexualidade”, as autoridades justificaram a proibição devido a um problema de agendamento.

O centro da cidade estava repleto de milhares de pessoas vestindo fantasias e maquiagem com as cores do arco-íris.

A decisão das autoridades, que também proibiram o uso de algumas instalações municipais, é “absurda”, mas não diminui o orgulho sentido pelas pessoas LGBTQIAP+ disse à AFP Na Joo-youn, uma participante.

“Sou abertamente queer, o que significa que muitas vezes tenho que lutar por aquilo em que acredito, o que às vezes torna difícil viver como eu mesma”, disse Na, de 26 anos.

Reação religiosa

As manifestações a favor dos direitos LGBTQIAP+ têm sido frequentemente alvo de grupos cristãos evangélicos, que no passado atiraram garrafas de água e insultaram manifestantes.

Quase um quarto dos 52 milhões de habitantes da Coreia do Sul são cristãos e as igrejas continuam sendo uma influência política importante, especialmente para os legisladores.

“Não seria exagero dizer que os direitos humanos das minorias sexuais na sociedade sul-coreana estão regredindo em vez de cumprirem os padrões globais”, disse Hyeonju, um dos organizadores.

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