Merkel sobrevive ilesa à votação de resgate europeu na Alemanha
Chanceler conseguiu aprovar reformas para um fundo de resgate para a crise na zona do euro
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2011 às 13h16.
Berlim - Angela Merkel saiu vitoriosa de seu maior desafio como chanceler (primeira-ministra) alemã ao conseguir aprovar reformas para um fundo de resgate para a crise de dívida da zona do euro, nesta quinta-f2eira, sem a humilhação de depender do apoio da oposição.
A aprovação da Alemanha ao fundo de resgate aprimorado, com um apoio mais forte do que o esperado no Bundestag (câmara baixa do Parlamento), provocou um suspiro de alívio nos mercados, preocupados com o compromisso de Berlim em resolver a crise da dívida.
"A ampla maioria no Parlamento claramente mostra que a Alemanha está comprometida com o euro e em proteger nossa moeda", disse Hermann Groehe, vice-líder dos democratas-cristãos (CDU), partido da chanceler.
O líder parlamentar de Merkel, Peter Altmaier, era o responsável por convencer parlamentares rebeldes da base aliada, que temiam por mais dinheiro após resgates sucessivos da Grécia e de outros países profundamente endividados.
"Essa é uma forte declaração de apoio para Angela Merkel", disse ele.
Mas o parlamentar do CDU Wolfgang Bosbach, um dos 10 parlamentares conservadores dissidentes a votar "não", disse que "em 40 anos no Parlamento nunca vi nada assim (sobre as negociações nos bastidores). Virou algo realmente pessoal."
O apoio da oposição significava que não havia dúvidas de que a Alemanha iria aprovar novos poderes para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), que alguns países reticentes, como a Finlândia, também aprovaram, mas outros, incluindo a Eslováquia, estão arrastando.
Na votação, 315 legisladores da coalizão de centro-direita votaram a favor -- acima dos 311 que Merkel precisava para mostrar que ela pode aprovar políticas importantes da zona do euro sem a ajuda da oposição.
No total, 523 legisladores votaram pela lei, 85 contra e houve apenas três abstenções.
"Para Merkel esse foi sem dúvida um grande sucesso e será um grande alívio para seu partido", disse o cientista político e biógrafo da chanceler, Gerd Langguth.
Depender dos social-democratas (SPD) e dos verdes pró-euro iria minar gravemente a autoridade de Merkel e sua capacidade de manobrar novas medidas para combater a crise do euro.
"Esse é um grande sucesso para Merkel e vai reforçar sua posição", disse o economista do banco Berenberg Holger Schmieding.
O ministro das Finanças francês, François Baroin, disse que o resultado na Alemanha "confirma a determinação alemã de preservar a estabilidade financeira da zona do euro".
As bolsas europeias e o euro ganharam confiança com a notícia, mas analistas dizem que os mercados ainda querem uma resposta mais abrangente da União Europeia à crise da dívida.
A Alemanha vai arcar com até 211 bilhões de euros do valor de garantias de 440 bilhões de euros do fundo, mas críticos no Bundestag temem que já esteja claro que isso não será o suficiente e que os contribuintes terão que dar mais.
Merkel costuma ser acusada na Europa e na Alemanha de ser indecisa com relação à crise do euro, mas o resultado desta quinta-feira pode melhorar a maneira como enxergam sua administração da crise e mesmo melhorar sua esperança de levar o bloco conservador que ela lidera há onze anos para as próximas eleições em 2013.
Berlim - Angela Merkel saiu vitoriosa de seu maior desafio como chanceler (primeira-ministra) alemã ao conseguir aprovar reformas para um fundo de resgate para a crise de dívida da zona do euro, nesta quinta-f2eira, sem a humilhação de depender do apoio da oposição.
A aprovação da Alemanha ao fundo de resgate aprimorado, com um apoio mais forte do que o esperado no Bundestag (câmara baixa do Parlamento), provocou um suspiro de alívio nos mercados, preocupados com o compromisso de Berlim em resolver a crise da dívida.
"A ampla maioria no Parlamento claramente mostra que a Alemanha está comprometida com o euro e em proteger nossa moeda", disse Hermann Groehe, vice-líder dos democratas-cristãos (CDU), partido da chanceler.
O líder parlamentar de Merkel, Peter Altmaier, era o responsável por convencer parlamentares rebeldes da base aliada, que temiam por mais dinheiro após resgates sucessivos da Grécia e de outros países profundamente endividados.
"Essa é uma forte declaração de apoio para Angela Merkel", disse ele.
Mas o parlamentar do CDU Wolfgang Bosbach, um dos 10 parlamentares conservadores dissidentes a votar "não", disse que "em 40 anos no Parlamento nunca vi nada assim (sobre as negociações nos bastidores). Virou algo realmente pessoal."
O apoio da oposição significava que não havia dúvidas de que a Alemanha iria aprovar novos poderes para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), que alguns países reticentes, como a Finlândia, também aprovaram, mas outros, incluindo a Eslováquia, estão arrastando.
Na votação, 315 legisladores da coalizão de centro-direita votaram a favor -- acima dos 311 que Merkel precisava para mostrar que ela pode aprovar políticas importantes da zona do euro sem a ajuda da oposição.
No total, 523 legisladores votaram pela lei, 85 contra e houve apenas três abstenções.
"Para Merkel esse foi sem dúvida um grande sucesso e será um grande alívio para seu partido", disse o cientista político e biógrafo da chanceler, Gerd Langguth.
Depender dos social-democratas (SPD) e dos verdes pró-euro iria minar gravemente a autoridade de Merkel e sua capacidade de manobrar novas medidas para combater a crise do euro.
"Esse é um grande sucesso para Merkel e vai reforçar sua posição", disse o economista do banco Berenberg Holger Schmieding.
O ministro das Finanças francês, François Baroin, disse que o resultado na Alemanha "confirma a determinação alemã de preservar a estabilidade financeira da zona do euro".
As bolsas europeias e o euro ganharam confiança com a notícia, mas analistas dizem que os mercados ainda querem uma resposta mais abrangente da União Europeia à crise da dívida.
A Alemanha vai arcar com até 211 bilhões de euros do valor de garantias de 440 bilhões de euros do fundo, mas críticos no Bundestag temem que já esteja claro que isso não será o suficiente e que os contribuintes terão que dar mais.
Merkel costuma ser acusada na Europa e na Alemanha de ser indecisa com relação à crise do euro, mas o resultado desta quinta-feira pode melhorar a maneira como enxergam sua administração da crise e mesmo melhorar sua esperança de levar o bloco conservador que ela lidera há onze anos para as próximas eleições em 2013.