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Merkel luta para atrair os indecisos

A chefe de Governo conservadora percorreu nos últimos dias a Alemanha para pedir votos para a União Cristã Democrata (CDU), seu partido


	Angela Merkel: chanceler alemã teme que seus eleitores apoiem o Partido Liberal (FDP), seu aliado, que está mal nas pesquisas, para salvar a coalizão que está no poder há quatro anos
 (Daniel Roland/AFP)

Angela Merkel: chanceler alemã teme que seus eleitores apoiem o Partido Liberal (FDP), seu aliado, que está mal nas pesquisas, para salvar a coalizão que está no poder há quatro anos (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 12h28.

A dois dias das eleições legislativas de domingo na Alemanha, a chanceler Angela Merkel, que viaja nesta sexta-feira a Munique, conta com sua personalidade e seu balanço de governo para mobilizar os eleitores indecisos. 

A chefe de Governo conservadora percorreu nos últimos dias a Alemanha para pedir votos para a União Cristã Democrata (CDU), seu partido.

Merkel pretende reiterar a mensagem na visita à capital de Baviera, uma região onde seu campo político obteve uma ampla vitória no domingo passado em uma eleição regional. No sábado, Merkel inaugura a Festa da Baviera que, graças às eleições, neste ano ganha um claro tom político.

Angela Merkel teme que seus eleitores apoiem o Partido Liberal (FDP), seu aliado, que está mal nas pesquisas, para salvar a coalizão que está no poder há quatro anos.

"Se querem que a Alemanha prossiga no caminho do êxito e que eu continue trabalhando como chanceler, votem e concedam os dois votos à CDU" disse.

No sistema alemão são emitidos dois votos: um para deputado e um para o partido. Aos 59 anos, a presidente do CDU está perto de obter o terceiro mandato como chanceler.

Merkel é a personalidade preferida dos alemães, muito à frente do candidato de seu principal adversário, o Partido Social-Democrata (SPD), Peer Steinbrück. No entanto, ela pode se ver obrigada a negociar uma aliança com o partido, tal como aconteceu em seu primeiro mandato (2005-2009).

Segundo uma pesquisa do canal ZDF, os conservadores (CDU/CSU) chegariam a 40% de intenções de voto e seu sócio na coalizão, o FDP, a 5,5%. O SPD conquistaria 27%, enquanto os tradicionais aliados, os Verdes, ficariam com 9%.


"Os eleitores estão satisfeitos com a chanceler, mas não com o governo. Parece que teremos uma mudança parcial de governo", afirmou o cientista político Karl-Rudolf Korte da Universidade de Duisburgo.

Pela primeira vez na Alemanha, a última pesquisa será divulgada no domingo, dia da eleição, pelo jornal Bild.

O candidato do SPD, Peer Steinbrück, insistiu na quinta-feira à noite na necessidade de "livrar-se deste governo" e atacou o balanço do mandato de Merkel, especialmente no campo social, como os salários baixos ou as pensões reduzidas.

"Concedam seu voto aos deputados do SPD para que possam eleger-me chanceler", disse em Berlim.

Nas últimas horas de campanha, o SPD intensificará as visitas às residências e os comícios em todo país.

Merkel também programou um discurso no sábado em Berlim para seus simpatizantes.

Ela encerrará a campanha em seu reduto de Stralsund, uma circunscrição da costa do mar Báltico onde iniciou a carreira política após a queda do Muro de Berlim. Ela obteve o primeiro mandato de deputada em 1990.

Merkel se beneficiou inclusive da campanha a seu favor do grupo editorial Tengelmann, com uma página de propaganda no jornal econômico Handelsblatt. Na Alemanha é comum que grupos de interesse, sindicatos ou federações defendam o voto para um determinado partido, mas as campanhas de empresas por um candidato em particular são exceções.

O presidente da República Federal, Joachim Gauk, uma referência moral na Alemanha, pediu aos 61,8 milhões de eleitores que compareçam às urnas no domingo. Este pastor, que lutou pela instauração da democracia na Alemanha Oriental comunista, divulgou uma mensagem de vídeo com o lema "Podemos escolher".

"É algo com o que milhões de pessoas sonham em todo o mundo", disse o presidente. O índice de abstenção atingiu 30% nas eleições legislativas de 2009, um recorde.

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