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Merkel lança candidatura à reeleição com discurso de união

Chanceler lançou sua campanha de reeleição com um discurso dirigido a um congresso de seus conservadores da União Democrata-Cristã


	Com índices de aprovação perto de 70 por cento, a chanceler de 58 anos adotou um tom triunfante no congresso do partido
 (Fabian Bimmer/Reuters)

Com índices de aprovação perto de 70 por cento, a chanceler de 58 anos adotou um tom triunfante no congresso do partido (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 12h53.

Hanover - Angela Merkel lançou sua campanha de reeleição nesta terça-feira, no auge de sua popularidade, com um discurso dirigido a um congresso de seus conservadores da União Democrata-Cristã (CDU) que mostrava a unidade do partido, da qual ela precisará para ganhar na votação do próximo ano.

Os delegados se levantaram e aplaudiram por oito minutos após Merkel afirmar que eles eram o único partido que poderia dirigir a Alemanha através das "águas turbulentas" da crise econômica e mudança geopolítica.

Com índices de aprovação perto de 70 por cento, a chanceler de 58 anos adotou um tom triunfante no congresso do partido, em Hanover, repetindo que o governo dela é o "mais bem-sucedido" desde a reunificação alemã em 1990.

"Estes são tempos turbulentos e às vezes nos vemos em águas tempestuosas. Mas é o CDU alemão que tem a direção clara para conduzir nosso país através desses mares", disse Merkel.

Merkel, uma física da Alemanha Oriental que se tornou uma figura de destaque em um partido tradicionalmente alemão ocidental, quer bater o recorde de pouco mais de 90 por cento dos votos pelo qual ela foi reeleita presidente do partido há dois anos.

Muitas vezes criticada no exterior, mas festejada em casa por defender os interesses de seu país na crise do euro, Merkel tem uma boa chance de ganhar um terceiro mandato em setembro próximo, apesar de uma queda forte no apoio ao seu parceiro atual de coalizão, o partido Democrático-Liberal (FDP).

"Talvez Deus tenha criado o FDP só para nos testar", disse ela em uma rara crítica pública ao partido que as pesquisas mostram que pode não conseguir os 5 por cento de que precisa no ano que vem para continuar na Câmara Baixa do parlamento.


Isso pode forçá-la a considerar outras opções, como reviver a "grande coalizão" com o Partido Social Democrata (SPD) com a qual ela concorreu entre 2005 e 2009, ou tentar uma aliança sem precedentes com o partido Verde.

Mac apoia Merkel

Sob o comando do líder regional David McAllister, o CDU está no caminho certo para ganhar a maior parte dos votos, mas ainda pode ser tirado do poder pelo SPD e pelos verdes. Isso pode prejudicar a esperança de Merkel de reeleição, uma vez que seu partido perdeu o controle de alguns Estados desde 2009.

McAllister, cujo pai era escocês e cujos partidários acenaram bandeiras que proclamavam "Eu sou um Mac!", disse que seu Estado tinha emprego recorde e finanças sólidas graças, em parte, à liderança de Berlim.

"Querida Angela Merkel, agradecemos e estamos ao seu lado", disse McAllister, enfatizando a mensagem de unidade do partido.

Merkel disse que qualquer um dos desafios que ela enfrentou desde que foi eleita para um segundo mandato em 2009 --a crise da dívida, a instabilidade no norte da África e no Oriente Médio, uma inversão na questão da energia nuclear-- teria sido suficiente para todo um mandato de quatro anos.

A chanceler alemã advertiu em seu discurso contra a complacência, afirmando que ela era "muito cautelosa" sobre declarar um fim ao pior da crise.

Na Alemanha ela é amplamente aplaudida por ter mantido seus princípios, por exemplo, resistindo à pressão de medidas radicais anti-crise como a emissão de bônus da zona euro.

Neste congresso, a CDU está mais focada em conter disputas internas sobre uma série de questões domésticas. Desde que chegou ao poder, em 2005, Merkel puxou o partido de mentalidade conservadora e cristão para um viés de centro e tentou modernizá-lo.

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