Angela Merkel tira foto com refugiado: chanceler alemã afirmou que a UE tem o dever moral de receber os refugiados que chegam à Europa (Reuters / Fabrizio Bensch)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 09h47.
Berlim - O jornal alemão Bild afirma nesta sexta-feira que a chanceler Angela Merkel é uma candidata forte ao Prêmio Nobel da Paz, que será anunciado na próxima sexta-feira, por seu papel nas crises migratória e ucraniana.
"A chanceler Angela Merkel tem boas perspectivas de obter o Prêmio Nobel da Paz", afirma na primeira página o jornal mais lido da Alemanha em um breve artigo.
Na quinta-feira, Kristian Berg Harpviken, diretor do Instituto de Pesquisas sobre a Paz (PRIO), com sede em Oslo, previu a vitória da chefe de Governo alemã.
"Angela Merkel receberá o Prêmio Nobel da Paz", disse em uma entrevista coletiva.
"Acredito que a crise europeia dos refugiados - ou deveríamos chamá-la de crise mundial dos refugiados, pois existe uma crise igualmente dramática em várias partes do leste da Ásia - vai chamar a atenção do Comitê Nobel este ano", completou.
"Angela Merkel foi a pessoa que tomou a liderança sobre o tema na Europa", completou.
A chanceler alemã afirmou que a União Europeia (UE) tem o dever moral de receber as centenas de milhares de pessoas que chegaram ao continente este ano e abriu as fronteiras do país, que este ano prevê a chegada de 800.000 a um milhão de solicitantes de asilo.
A posição recebeu muitas críticas em seu próprio campo político na Alemanha e na Europa.
Merkel também foi uma dos principais nomes a apoiar os acordos de Minsk que resultaram em um cessar-fogo relativamente respeitado no leste de Ucrânia, cenário de confrontos entre as tropas do governo e rebeldes pró-Rússia.
Outro especialista na premiação do Nobel, o historiador norueguês Asle Sveen, afirmou que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) também tem boas chances de vencer o prêmio.
"O ACNUR está no topo da lista com Mussie Zerai, o padre eritreu que teve um papel central para ajudar os refugiados a cruzar o Mediterrâneo da África do Norte para a Europa", disse.