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Merkel declara apoio à Turquia sobre conflito sírio

"A situação na Síria gera uma grande carga para a Turquia", declarou Merkel em entrevista coletiva conjunta

A chanceler alemã Angela Merkel no Parlamento: além da questão síria, a chanceler garantiu o respaldo alemão na luta da Turquia contra o PKK (Johannes Eisele/AFP)
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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 13h30.

Berlim- A chanceler alemã, Angela Merkel , garantiu nesta quarta-feira ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, o apoio de seu governo perante o conflito na Síria e a luta contra o partido radical curdo PKK, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.

"A situação na Síria gera uma grande carga para a Turquia", declarou Merkel em entrevista coletiva conjunta, na qual exaltou a atitude "serena" das autoridades de Ancara e também a disposição de acolher os refugiados procedentes do país vizinho.

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Erdogan, por sua parte, declarou que seu país "necessita do apoio e do respaldo da Alemanha de maneira indispensável" perante o conflito da Síria, ressaltando que a possibilidade de criar uma zona de exclusão aérea no norte do país em guerra é uma tarefa para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Além da questão síria, a chanceler garantiu o respaldo alemão na luta da Turquia contra o PKK, especialmente quando se trata de atentados, e anunciou uma estreita cooperação nesse campo em nível de secretários de Estado de ambos os países.

Em seu discurso, Merkel também ressaltou que a Turquia poderá contar com um tratamento "sincero" nas negociações para seu ingresso na União Europeia. No entanto, até o momento, o governo turco não se mostrou partidário desta inclusão, já que defende um status de associação especial.

"As negociações continuarão, independente das questões básicas que devemos esclarecer. Alemanha é partidária de continuar o processo de negociação", declarou Merkel, que elogiou o "bem-sucedido" desenvolvimento econômico da Turquia nos últimos anos e reconheceu que "já queria o país na zona do euro".

No encontro com Merkel, o primeiro-ministro turco também se referiu ao conflito entre seu país e Israel após a morte de vários ativistas turcos que viajavam em uma pequena frota de solidariedade com o povo palestino, a qual acabou sendo abordada por forças militares israelenses.

Erdogan afirmou que esse conflito não se resolverá até que Israel se desculpe pelo sucedido, indenize às famílias das vítimas e acabe com o bloqueio do povo palestino, após também ter criticado a política de assentamentos judaicos e a construção de muros que não contribuem com a paz.

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