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Merkel comemora 63 anos mergulhada em campanha eleitoral

A dez semanas para as eleições gerais, que acontecerão em 24 de setembro, a chanceler alemã está com as pesquisas favoráveis para seu quarto mandato

Merkel: a chanceler ratificou que seu propósito é ser reeleita para governar todo o próximo mandato (Sean Gallup/Getty Images)
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EFE

Publicado em 17 de julho de 2017 às 12h55.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , comemora 63 anos nesta segunda-feira mergulhada na campanha que faz para tentar a reeleição a um quarto mandato e com as pesquisas a favor, faltando dez semanas para as eleições gerais de 24 de setembro.

Uma caixa de bombons, outra de produtos regionais e dois buquês de flores foram os presentes recebidos pela líder da União Democrata-Cristã (CDU) em um ato da Câmara da Indústria e do Comércio em Mecklenburg-Vorpommerna, seu reduto eleitoral.

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Depois de dizer que estava feliz pelo dia e agradecer o fato de o ato ter sido na cidade de Stralsund - mais perto de onde fica a casa da família do que em Rostock, a sede da Câmara -, Merkel começou a destacar os resultados da recente da Cúpula do G20, em Hamburgo.

O encontro conseguiu passar uma mensagem a favor do livre-comércio e do multilateralismo, o que, em sua opinião, foi um sucesso em uma reunião sobre a qual pairava a "sombra do protecionismo", disse Merkel em alusão às diferenças com o governo americano.

Segundo ela, também foi possível ratificar o compromisso comum contra a mudança climática, com exceção dos Estados Unidos, que "lamentavelmente" decidiu sair do Acordo de Paris.

No discurso, e entre um parabéns e outro, ela aliou seu papel de líder global e mensagens aos interlocutores locais e representantes do empresariado do leste da Alemanha, onde cresceu.

O ato de hoje na cidade de Stralsund seguiu à excursão realizada por Merkel na semana passada por várias regiões, com marcado tom eleitoral. As últimas pesquisas dão uma clara vantagem ao CDU e à União Social-Cristã na Baviera (CSU) contra o seu direto competidor e parceiro do governo, o Partido Social-Democrata (SPD).

Conforme um levantamento publicado pelo Instituto Emnid no último fim de semana, o CDU/CSU obterá 38% dos votos, frente aos 25% do SPD liderado por Martin Schulz.

O candidato social-democrata, que assumiu a chefia do SPD como grande aposta para fazer frente à popularidade de Merkel, ainda não conseguiu diminuir as distâncias, apesar de uma subida inicial.

O CDU venceu com folga as três eleições regionais realizadas este ano, que foram uma espécie de teste direto nas urnas para as eleições gerais de setembro. Schulz tentou se "relançar" com uma série de atos organizados por seu partido para apresentar o programa e as medidas que fará caso ganhe as eleições.

Ontem, apresentou um plano econômico desenhado para marcar suas diferenças frente à política de austeridade de Merkel e que pretende impulsionar o investimento, como complemento ao freio à dívida que foi incluída na Constituição durante a crise financeira internacional.

Horas depois, em entrevista à TV pública "ARD", Merkel rebatia e argumentava que o problema não é o montante dos investimentos, mas as dificuldades que existem para mobilizar o dinheiro.

A chanceler ratificou que seu propósito é ser reeleita para governar todo o próximo mandato - mais quatro anos, além dos 12 que já leva no poder - e descartou deixar o cargo no meio.

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