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Medvedev em Israel: Trump em pauta

Nesta quarta-feira o primeiro ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, encontra com o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. É mais um movimento de aproximação entre os países depois que a Rússia lançou sua ofensiva na Síria e caças das duas nações quase entraram em confronto. A Rússia também vem se colocando como um negociador […]

MEDVEDEV E NETANYAHU: Rússia e Israel se encontram hoje para colocar a relação nos eixos / Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images)

MEDVEDEV E NETANYAHU: Rússia e Israel se encontram hoje para colocar a relação nos eixos / Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 05h27.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.

Nesta quarta-feira o primeiro ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, encontra com o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. É mais um movimento de aproximação entre os países depois que a Rússia lançou sua ofensiva na Síria e caças das duas nações quase entraram em confronto. A Rússia também vem se colocando como um negociador das relações entre Israel e Palestina, oferecendo-se, inclusive, para sediar as reuniões.

O encontro deve tratar ainda de acordos comerciais. O comércio bilateral entre os países é de apenas dois bilhões de dólares ao ano. Mas um tema inevitável da pauta é o futuro dos países em relação ao governo do recém-eleito Donald Trump. Netanyahu chamou Trump de velho amigo, e o parabenizou pela vitória. Os dois tiveram um encontro amistoso em setembro, em Nova York.

Já os russos não poderiam estar mais satisfeitos. Trump nunca perdeu oportunidade de elogiar o presidente russo Vladimir Putin. A imprensa chegou a especular que a inteligência russa hackeou e-mails do partido Democrata na tentativa de influenciar as eleições. Assim como Trump, Putin também é crítico à Otan, que os russos acreditam ser uma grande ameaça a sua soberania. Putin congratulou Trump e, em discurso, disse que fará de tudo para restabelecer uma relação estremecida.

A questão na Síria também parece ficar mais fácil de ser resolvida. Trump deve seguir a linha que o país já vinha tendo, de tentar não interferir no conflito, embora Barack Obama tenha flertado com ceder armas para grupos rebeldes que lutam contra o regime de Bashar Al-Assad. Assim, a Rússia, que é aliada do ditador, pode conseguir seu objetivo de se impor na região. Trump e Putin têm tudo para virarem bons amigos. Hoje é dia de saber o que Israel pensa disso.

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