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May revelará plano do Brexit se Parlamento respeitar calendário

May aceitará uma proposta da oposição, reivindicando "examinar adequadamente o plano para deixar a União Europeia antes de que se ative o Artigo 50"

May: a moção e sua emenda serão votadas nesta quarta-feira (Pool/Getty Images)

May: a moção e sua emenda serão votadas nesta quarta-feira (Pool/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 21h59.

A primeira-ministra conservadora britânica Theresa May aceitou nesta terça-feira informar o Parlamento sobre seu plano para sair da União Europeia se, em troca, os deputados não atrasarem o Brexit.

Segundo os textos de uma moção parlamentar da oposição e uma emenda do governo difundidos nesta terça-feira, May aceitará uma proposta da oposição trabalhista, reivindicando "examinar adequadamente o plano para deixar a União Europeia antes de que se ative o Artigo 50" do Tratado Europeu de Lisboa, passo formal para iniciar as negociações de ruptura.

Em troca, a emenda pede ao próprio governo para "invocar o Artigo 50 até 31 de março de 2017", data-limite em que May gostaria de notificar Bruxelas de que deixará o bloco e começam as negociações.

A moção e sua emenda serão votadas nesta quarta-feira. Se forem aprovadas, faltaria definir qual "escrutínio" o governo aceitará, mas exatamente neste momento a Suprema Corte discute se corresponde a May ou ao Parlamento ativar o famoso artigo europeu, razão pela qual a resposta poderia ser imposta pela Justiça.

Com sua proposta de emenda, o governo reage à ameaça de uma revolta em suas fileiras.

Até 40 deputados do Partido Conservador apoiariam a exigência da oposição de conhecer seus planos, o suficiente para aprová-la, explicou a parlamentar e ex-ministra conservadora Anna Soubry, que se opôs ao Brexit.

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