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May diz que Reino Unido "por completo" tem uma força "imparável"

Referindo-se à união entre Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte, a premiê fez seu último pedido de unidade antes de ativar a negociação do Brexit

Theresa May: a primeira-ministra conservadora já disse que "agora não é o momento" de realizar um segundo referendo na Escócia (Jane Barlow/Pool/Reuters)

Theresa May: a primeira-ministra conservadora já disse que "agora não é o momento" de realizar um segundo referendo na Escócia (Jane Barlow/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2017 às 10h43.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 10h51.

Londres - A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta segunda-feira que o Reino Unido por completo, com a união de todas suas nações, é "uma força imparável", em uma última chamada à unidade do país antes de ativar na quarta-feira a negociação com Bruxelas para a saída da União Europeia (UE).

May prometeu, além disso, "respeitar e reforçar" as autonomias britânicas depois do "Brexit", em discurso em um escritório do Ministério de Cooperação Internacional na cidade escocesa de East Kilbride.

A líder conservadora se reunirá depois com a ministra principal do governo escocês, Nicola Sturgeon, no primeiro encontro entre ambas desde que a política independentista anunciou em 13 de março sua intenção de promover um segundo referendo de independência para a Escócia.

Segundo o Downing Street, a reunião será sobre a iminente ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que dará início a dois anos de conversas para que o Reino Unido abandone o bloco comunitário.

May argumentou em seu discurso que "a grande união" da Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte é "uma força imparável" e disse que, quando estas quatro nações estão juntas, "não há limite" ao que se pode alcançar.

A líder insistiu que, nas negociações com a Comissão Europeia, terá como prioridade "construir uma nação mais unida", após queixas por parte das autonomias de que o governo central não atende a seus interesses no "Brexit".

"Uma nação mais unida significa trabalhar ativamente para unir as pessoas e as comunidades, promovendo políticas que apoiem a integração e a coesão social", afirmou.

"Na Escócia, Gales e Irlanda do Norte, isto significa respeitar totalmente e, de fato, reforçar os pactos autônomos", disse, sem concretizar se Londres poderia transferir mais competências às regiões quando sair da UE.

"Nunca deixaremos que nossa União se afrouxe ou se debilite, nem que nossa gente se disperse", declarou a primeira-ministra.

"Por isso, nessas áreas em que o governo britânico tem responsabilidade, estou decidida a pôr os interesses da União, tanto das partes como de seu conjunto, no centro de nossa tomada de decisões", acrescentou.

A reunião entre May e Sturgeon, prevista para a tarde, ocorre um dia antes do parlamento de Edimburgo previsivelmente aprovar uma moção que autorizará o governo escocês a iniciar contatos com o britânico para convocar um novo referendo separatista entre o outono de 2018 e a primavera de 2019.

No último dia 13, Sturgeon anunciou que promoveria esta consulta -a segunda desde que os independentistas perderam uma primeira em 2014 por 10% de votos de diferença- por considerar que o governo de May não defende os interesses da Escócia, que deseja ficar no mercado único após votar pela permanência na UE no referendo britânico de 23 de junho.

A primeira-ministra conservadora já disse que "agora não é o momento" de realizar um segundo referendo e o ministro britânico para a Escócia precisou que será rejeitado o pedido de Sturgeon.

May prevê fazer um comparecimento na câmara dos Comuns na próxima quarta-feira para comunicar que já ativou o artigo 50 do Tratado de Lisboa, após obter em 14 de março autorização parlamentar para realizar o "divórcio" com Bruxelas.

O governo publicará, além disso, na quinta-feira o projeto de lei da Grande revogação, com o qual ficará derrogada a lei de Comunidades Europeias de 1972 e transferirá ao direito britânico, com possibilidade de exceções e emendas, a legislação comunitária vigente no Reino Unido.

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