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María Corina Machado é favorita em primárias opositoras na Venezuela

processo foi organizado pela oposição para a escolha de um único desafiante ao presidente Nicolás Maduro para as eleições de 2024

A deputada venezuelana María Corina Machado (Cris Bouroncle/AFP)

A deputada venezuelana María Corina Machado (Cris Bouroncle/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de outubro de 2023 às 08h57.

A atual líder da oposição venezuelana María Corina Machado lidera as pesquisas de intenção de voto na eleição primária realizada neste domingo, 22, no país. O processo foi organizado pela oposição para a escolha de um único desafiante ao presidente Nicolás Maduro para as eleições do ano que vem, ainda sem data definida. María Corina é a primeira mulher a tentar o cargo desde 2012.

Mas mesmo que ela vença a primária, ainda não está claro se terá permissão para concorrer em 2024. Embora o governo de Maduro tenha concordado, em princípio, esta semana, em permitir que a oposição escolhesse seu candidato, o Judiciário controlado pela ditadura inabilitou sua candidatura. A decisão impede a opositora de concorrer a cargos por 15 anos, sob a alegação de que teria cometido "irregularidades administrativas" quando era deputada (2011 a 2014).

Outros candidatos também foram impedidos. O ex-governador Henrique Capriles, que concorreu duas vezes contra o chavismo, está inabilitado desde 2017, assim como Freddy Superlano, do partido Vontade Popular. Os demais líderes opositores Juan Guaidó, Leopoldo López e Antonio Ledezma deixaram o país.

Acordo entre oposição de Maduro

Os aliados de Maduro ridicularizaram e afastaram a possibilidade de primárias durante todo o ano. Ainda assim, tanto o governo quanto seus adversários usaram a disputa como moeda de troca para extrair concessões um do outro como parte de um processo de negociação para acabar com a crise.

Maduro e uma facção da oposição apoiada pelo governo dos EUA concordaram, na quarta-feira, em trabalhar juntos nas condições básicas para a eleição de 2024. Isso levou o governo a libertar seis prisioneiros políticos e Washington a suspender, por seis meses, as principais sanções econômicas impostas ao setor de petróleo e gás do país.

Ciente de que Maduro já descumpriu acordos antes, o governo Biden deu a Caracas até o fim de novembro para estabelecer um cronograma e um processo para reintegrar os candidatos. Se Maduro não cumprir o prazo, o alívio das sanções será revertido.

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