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Marcha do 'Bloody Sunday' em Londonderry pode ser última

Passeata é organizada desde 1972, quando 13 civis morreram em confronto com soldados britânicos

Famílias das vítimas do Domingo Sangrento comemoram relatório que culpa britânicos (Oli Scarff/Getty Images)

Famílias das vítimas do Domingo Sangrento comemoram relatório que culpa britânicos (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 09h15.

Belfast, Reino Unido - Milhares de pessoas participaram na que pode ser a última marcha na cidade norte-irlandesa de Londonderry em memória do "Bloody Sunday" (Domingo Sangrento), quando 13 civis morreram atingidos por tiros de soldados britânicos contra uma manifestação pacíficos.

A passeata é organizada todos os anos desde 1972, quando ocorreu a matança no bairro nacionalista de Bogside. Londonberry é a segunda maior cidade do Ulster.

Os organizadores indicaram em um comunicado que a marcha deste ano poder ser a última, depois da publicação do relatório Saville, que aponta o exército britânico como culpado pela chacina, e do perdão pedido oficialmente pelo primeiro-ministro David Cameron em junho de 2010.

O comunicado é assinado pela maior parte das famílias das vítimas do massacre. Algumas, no entanto, acharam a decisão prematura.

Uma comissão presidida pelo juiz Mark Saville investigou durante 12 anos os trágicos acontecimentos do domingo, 30 de janeiro de 1972, com base em 2.500 depoimentos. Neste dia, soldados britânicos mataram 13 católicos desarmados e feriram outros 14 - um dos quais morreu posteriormente - ao abrir fogo contra os participantes de uma passeata em prol dos direitos civis em Londonderry.

"As conclusões deste relatório são absolutamente claras. Não restam dúvidas. Não há equívoco. Não há ambiguidades. O que aconteceu no 'Bloody Sunday' foi injustificado e injustificável", declarou Cameron, em um discurso no parlamento no qual apresentou as conclusões da investigação judicial mais longa e cara da história da Grã-Bretanha.

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