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Manifestantes tailandeses tentam paralisar Bangcoc

Manifestantes querem que premiê renuncie e seja substituída por um "conselho popular" não eletivo

Manifestantes em Bangcoc: pelo menos 5.000 manifestantes se separaram do acampamento principal dos manifestantes, junto ao Monumento à Democracia, no bairro histórico da cidade (Athit Perawongmetha/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 09h05.

Bangcoc - Manifestantes que tentam derrubar a primeira-ministra tailandesa saíram às ruas de Bangcoc, nesta terça-feira, para divulgar apoio aos planos de paralisar a capital na semana que vem por meio de bloqueios viários e de ações para impedir que o governo funcione.

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra convocou uma eleição extraordinária a ser realizada em 2 de novembro, mas os manifestantes, cientes de que ela provavelmente venceria com o apoio de tailandeses pobres do norte e nordeste, querem que a premiê renuncie e seja substituída por um "conselho popular" não eletivo, que levaria a cabo um pacote de reformas eleitorais.

Um repórter da Reuters disse que pelo menos 5.000 manifestantes se separaram do acampamento principal dos manifestantes, junto ao Monumento à Democracia, no bairro histórico da cidade, e atravessaram o rio Chao Phraya até o bairro de Thonburi e depois voltaram, evitando o centro da cidade. A polícia, de início, não apresentou uma estimativa da multidão.

Os manifestantes, ligados principalmente à classe média e à elite de Bangcoc, acusam Yingluck de ser um fantoche de seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, que vive voluntariamente exilado desde que foi derrubado por um golpe de Estado, em 2006.

Os protestos são majoritariamente pacíficos, mas confrontos entre policiais e manifestantes em frente a um órgão de registro eleitoral, em 26 de dezembro, deixaram vários feridos e algumas pessoas baleadas por atiradores misteriosos. Quatro pessoas, incluindo dois policiais, morreram por causa dos tiros.

As autoridades dizem que 20 mil policiais, apoiados por militares, serão mobilizados nas ruas na segunda-feira, primeiro dia da paralisação pretendida.


"Estamos esperando grandes multidões na segunda-feira e estamos preocupados com a probabilidade de violência... especialmente se terceiros tentarem instigar à violência", disse à Reuters o chefe do Conselho Nacional de Segurança, Paradorn Pattanathabutr, acrescentando que "caso a situação se deteriore a primeira-ministra poderá decidir por um estado de emergência". Mas, observou, "a decisão será somente dela".

Os temores de uma intervenção, num país que teve 18 golpes ou tentativas em 81 anos de frágil democracia, estão crescendo. O Exército depôs Thaksin em 2006, e sua cúpula é próxima do "establishment" monarquista que apoia o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban.

O comandante do Exército, general Prayuth Chan-ocha vem tentando manter a neutralidade dos militares, mas alguns comentários seus têm sido ambíguos. Na terça-feira, por exemplo, perguntado por jornalistas sobre a possibilidade de um golpe, ele disse: "Não tenham medo de coisas que ainda não aconteceram... Mas, se acontecerem, não se assustem. Há rumores assim todo ano".

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Bangcoc - Manifestantes que tentam derrubar a primeira-ministra tailandesa saíram às ruas de Bangcoc, nesta terça-feira, para divulgar apoio aos planos de paralisar a capital na semana que vem por meio de bloqueios viários e de ações para impedir que o governo funcione.

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra convocou uma eleição extraordinária a ser realizada em 2 de novembro, mas os manifestantes, cientes de que ela provavelmente venceria com o apoio de tailandeses pobres do norte e nordeste, querem que a premiê renuncie e seja substituída por um "conselho popular" não eletivo, que levaria a cabo um pacote de reformas eleitorais.

Um repórter da Reuters disse que pelo menos 5.000 manifestantes se separaram do acampamento principal dos manifestantes, junto ao Monumento à Democracia, no bairro histórico da cidade, e atravessaram o rio Chao Phraya até o bairro de Thonburi e depois voltaram, evitando o centro da cidade. A polícia, de início, não apresentou uma estimativa da multidão.

Os manifestantes, ligados principalmente à classe média e à elite de Bangcoc, acusam Yingluck de ser um fantoche de seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, que vive voluntariamente exilado desde que foi derrubado por um golpe de Estado, em 2006.

Os protestos são majoritariamente pacíficos, mas confrontos entre policiais e manifestantes em frente a um órgão de registro eleitoral, em 26 de dezembro, deixaram vários feridos e algumas pessoas baleadas por atiradores misteriosos. Quatro pessoas, incluindo dois policiais, morreram por causa dos tiros.

As autoridades dizem que 20 mil policiais, apoiados por militares, serão mobilizados nas ruas na segunda-feira, primeiro dia da paralisação pretendida.


"Estamos esperando grandes multidões na segunda-feira e estamos preocupados com a probabilidade de violência... especialmente se terceiros tentarem instigar à violência", disse à Reuters o chefe do Conselho Nacional de Segurança, Paradorn Pattanathabutr, acrescentando que "caso a situação se deteriore a primeira-ministra poderá decidir por um estado de emergência". Mas, observou, "a decisão será somente dela".

Os temores de uma intervenção, num país que teve 18 golpes ou tentativas em 81 anos de frágil democracia, estão crescendo. O Exército depôs Thaksin em 2006, e sua cúpula é próxima do "establishment" monarquista que apoia o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban.

O comandante do Exército, general Prayuth Chan-ocha vem tentando manter a neutralidade dos militares, mas alguns comentários seus têm sido ambíguos. Na terça-feira, por exemplo, perguntado por jornalistas sobre a possibilidade de um golpe, ele disse: "Não tenham medo de coisas que ainda não aconteceram... Mas, se acontecerem, não se assustem. Há rumores assim todo ano".

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