Manifestantes protestam no Paquistão contra massacres
Milhares de pessoas protestaram em todo o Paquistão para denunciar o mais recente ataque sangrento contra a minoria xiita
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h57.
Quetta - Milhares de pessoas protestaram em todo o Paquistão nesta quinta-feira para denunciar o mais recente ataque sangrento contra a minoria xiita, que fez mais de 24 mortos na terça-feira no sudoeste do país.
O atentado a bomba na terça-feira atingiu um ônibus de peregrinos xiitas que retornava do Irã na província instável de Baluchistão, um dos principais palcos da violência anti-xiita neste país de maioria sunita.
Quase 2.000 pessoas manifestaram em Quetta, capital do Baluchistão, em uma das principais avenidas da cidade, observaram jornalistas da AFP.
Parentes das vítimas do ataque de terça-feira se recusam a enterrar os corpos até que o Estado tome medidas contra os agressores, num forte gesto de protesto em uma sociedade muçulmana, onde o costume é enterrar os mortos rapidamente.
Alguns manifestantes organizaram um protesto em torno de caixões cobertos com lençóis e decorados com fotos das vítimas.
Protestos semelhantes também foram realizados em Karachi, bem como em várias cidades da província de Punjab (centro-oeste): Lahore, Multan e Rawalpindi (perto da capital Islamabad), de acordo com correspondentes da AFP.
O ataque de terça-feira foi reivindicado por Lashkar-e- Jhangvi (LeJ), um grupo extremista sunita aliado à Al Qaeda .
O LeJ, que considera os xiitas como infiéis, é acusado de ter matado centenas desde o seu surgimento na década de 1990.
Grupos extremistas sunitas, tais como o LeJ, se inspiram na ideologia radical salafista da Arábia Saudita. A minoria xiita (20% da população do Paquistão), é considerada próxima ao Irã, potência xiita e tradicional rival da Arábia da Saudita no Oriente Médio.
Os confrontos entre sunitas e xiitas são frequentes no Paquistão. Mas cada vez mais, os xiitas são vítimas de ataques ou assassinatos: mais de 400 mortes em 2013, um ano recorde.
A violência se inscreve num contexto de crescentes rivalidades e confrontos entre sunitas e xiitas no mundo muçulmano, em países como o Iraque e Síria.
Quetta - Milhares de pessoas protestaram em todo o Paquistão nesta quinta-feira para denunciar o mais recente ataque sangrento contra a minoria xiita, que fez mais de 24 mortos na terça-feira no sudoeste do país.
O atentado a bomba na terça-feira atingiu um ônibus de peregrinos xiitas que retornava do Irã na província instável de Baluchistão, um dos principais palcos da violência anti-xiita neste país de maioria sunita.
Quase 2.000 pessoas manifestaram em Quetta, capital do Baluchistão, em uma das principais avenidas da cidade, observaram jornalistas da AFP.
Parentes das vítimas do ataque de terça-feira se recusam a enterrar os corpos até que o Estado tome medidas contra os agressores, num forte gesto de protesto em uma sociedade muçulmana, onde o costume é enterrar os mortos rapidamente.
Alguns manifestantes organizaram um protesto em torno de caixões cobertos com lençóis e decorados com fotos das vítimas.
Protestos semelhantes também foram realizados em Karachi, bem como em várias cidades da província de Punjab (centro-oeste): Lahore, Multan e Rawalpindi (perto da capital Islamabad), de acordo com correspondentes da AFP.
O ataque de terça-feira foi reivindicado por Lashkar-e- Jhangvi (LeJ), um grupo extremista sunita aliado à Al Qaeda .
O LeJ, que considera os xiitas como infiéis, é acusado de ter matado centenas desde o seu surgimento na década de 1990.
Grupos extremistas sunitas, tais como o LeJ, se inspiram na ideologia radical salafista da Arábia Saudita. A minoria xiita (20% da população do Paquistão), é considerada próxima ao Irã, potência xiita e tradicional rival da Arábia da Saudita no Oriente Médio.
Os confrontos entre sunitas e xiitas são frequentes no Paquistão. Mas cada vez mais, os xiitas são vítimas de ataques ou assassinatos: mais de 400 mortes em 2013, um ano recorde.
A violência se inscreve num contexto de crescentes rivalidades e confrontos entre sunitas e xiitas no mundo muçulmano, em países como o Iraque e Síria.