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Manifestantes protestam em Tóquio contra energia nuclear

Os manifestantes, muitos deles jovens e famílias inteiras, marcharam no parque de Yoyogi, em calma e sob o sol forte

Protestos no Japão (Toshifumi Kitamura/AFP)

Protestos no Japão (Toshifumi Kitamura/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2011 às 16h55.

Tóquio - Milhares de pessoas protestaram neste domingo no centro de Tóquio para pedir o fim da energia nuclear e um maior desenvolvimento das energias renováveis, depois do acidente da central de Fukushima provocado pelo terremoto seguido de tsunami ocorrido em 11 de março.

Levantando cartazes onde se lia "Bye Bye Genpatsu" (adeus, nuclear), os manifestantes, muitos deles jovens e famílias inteiras, marcharam no parque de Yoyogi, em calma e sob o sol forte.

"Estamos inquietos, Antes de Fukushima, não acontecia tudo isso, mas agora precisamos reagir, precisamos fazer isso por nossos filhos", explicou Hiroshi Iino, 43 anos, um dos participantes da manifestação a favor de "uma mudança enérgica".

Paralelamente, em outra região da capital japonesa, foi realizada uma segunda manifestação, da qual também participaram milhares de pessoas para protestar contra a empresa que opera a central de Fukushima Daiichi, a Tepco.

A questão de um eventual abandono da energia nuclear não é, no momento, abertamente debatida na cena política japonesa.

"Não podemos prescindir da energia nuclear, mas devemos refletir quanto aos planos e ao calendário de construção de nossas usinas", estimou na sexta-feira o número dois do partido de centro-esquerda no poder, Katsuya Okada.

A energia nuclear representava, antes do maremoto de 11 de março que provocou danos em vários reatores, cerca de 30% da eletricidade utilizada no Japão.

Localizada a 250 km a nordeste de Tóquio, a central de Fukushima Daiichi foi danificada por uma onda de 14 metros de altura que causou falhas nos sistemas de refrigeração, provocando uma explosão e vazamentos radioativos.

A operadora Tepco espera conseguir estabilizar a situação em um período de seis a nove meses.

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