Paris vive caos com protesto contra aumento de combustíveis
O movimento, que começou como protesto contra a alta dos impostos sobre os combustíveis, vem se diversificando com o passar dos dias
EFE
Publicado em 24 de novembro de 2018 às 10h31.
Última atualização em 24 de novembro de 2018 às 10h59.
Paris, 24 nov (EFE).- As forças de segurança da França lançaram neste sábado em Paris gás lacrimogêneo e usaram um canhão de água para conter o avanço de milhares de pessoas que se manifestavam contra o aumento dos combustíveis, os chamados "coletes amarelos", que tentavam se aproximar do Palácio do Eliseu, residência presidencial.
Os confrontos aconteceram no perímetro de segurança levantado pela polícia quando dezenas de manifestantes tentaram ultrapassá-lo para chegar à residência do presidente, Emmanuel Macron, de quem pediram a renúncia cartazes e palavras de ordem.
As autoridades tinham proibido a concentração nos arredores do Eliseu e indicaram o Campo de Marte, situado em frente à Torre Eiffel, como local permitido para a manifestação.
Mas os porta-vozes do movimento, que começou como protesto contra a alta dos impostos sobre os combustíveis, mas que vem se diversificando com o passar dos dias, rejeitaram esse ponto de concentração e pediram aos manifestantes que se aproximassem da residência de Macron.
Os "coletes amarelos", então, utilizaram mobiliário urbano para atirá-lo contra os agentes antidistúrbios, que tinham estabelecido um cordão de segurança.
https://twitter.com/GiletsJaunesGo/status/1066302760361082881
As autoridades indicaram que facções de extrema-direita podem ter se infiltrado entre os manifestantes para radicalizar o movimento.
Segundo os primeiros dados do Ministério do Interior, havia na capital cerca de 3 mil "coletes amarelos", a maior parte concentrada na Champs-Élysées e nos limites da Praça da Concórdia, que dá acesso à residência presidencial.
No resto do país continuam os bloqueios de centros logísticos e estradas iniciados há uma semana, mas com menos intensidade que no sábado passado, quando os cálculos oficiais o estimavam em quase 300 mil os manifestantes. EFE