Manifestantes entram em confronto em comício no Egito
Partidários do presidente egípcio e opositores entraram em confronte e atiraram pedras uns contra os outros em Alexandria
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 10h42.
Alexandria - Partidários do presidente egípcio, Mohamed Mursi , e opositores entraram em confronte e atiraram pedras uns contra os outros em Alexandria, segunda maior cidade do Egito, às vésperas da votação final de uma nova constituição elaborado pelos islamistas.
A polícia lançou gás lacrimogêneo, enquanto diversos opositores à Constituição e milhares de muçulmanos atiravam pedras apesar do cordão de segurança que os separava, perto de uma mesquita em Alexandria que foi o foco da violência na semana passada.
"Deus é o maior", entoavam os islamistas quando os confrontos começaram.
Muçulmanos reuniram-se para apoiar uma visão islâmica para o futuro do Egito, um dia antes do segundo turno de votações em um referendo sobre a Constituição. Apoiadores da oposição também haviam comparecido para as orações de sexta-feira.
O presidente Mohamed Mursi e seus aliados consideram que o projeto constitucional a ser votado no sábado é crucial para que o Egito conclua sua transição para a democracia, quase dois anos depois da rebelião popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
A Irmandade Muçulmana convocou a concentração popular após um violento confronto de partidários do grupo islâmico contra integrantes da oposição laica e liberal na segunda maior cidade do Egito, na semana passada. O incidente terminou com um clérigo sitiado dentro da sua mesquita durante 14 horas. As facções rivais estavam armadas com cassetetes, facas e adagas.
Na sexta-feira, ativistas islâmicos revistavam fiéis que chegavam para as preces na mesquita de Al Qaid Ibrahim, cenário da violência da semana passada. A tropa de choque da polícia se instalou nos arredores.
"Nossa revolução vai se manter pacífica apesar dos bandidos", diziam cartazes no local, aludindo ao incidente da semana passada. Pelo menos oito pessoas morreram em confrontos políticos no Egito nas últimas semanas.
A oposição, que faz campanha pelo não, diz que a nova Constituição dá um viés excessivamente islâmico ao novo Egito.
No primeiro dia da votação, no sábado passado, o "sim" à nova Carta teve 57 por cento dos votos. O resultado deve ser ainda mais expressivo no próximo sábado, quando a votação ocorrerá em áreas mais conservadoras, e portanto mais propensas a apoiar Mursi.
A aprovação da Constituição é um pré-requisito para a realização de novas eleições parlamentares no começo do ano que vem. A oposição diz que, se for derrotada no referendo constitucional, vai se esforçar em eleger uma bancada expressiva, que consiga fazer emendas à nova Constituição.
Alexandria - Partidários do presidente egípcio, Mohamed Mursi , e opositores entraram em confronte e atiraram pedras uns contra os outros em Alexandria, segunda maior cidade do Egito, às vésperas da votação final de uma nova constituição elaborado pelos islamistas.
A polícia lançou gás lacrimogêneo, enquanto diversos opositores à Constituição e milhares de muçulmanos atiravam pedras apesar do cordão de segurança que os separava, perto de uma mesquita em Alexandria que foi o foco da violência na semana passada.
"Deus é o maior", entoavam os islamistas quando os confrontos começaram.
Muçulmanos reuniram-se para apoiar uma visão islâmica para o futuro do Egito, um dia antes do segundo turno de votações em um referendo sobre a Constituição. Apoiadores da oposição também haviam comparecido para as orações de sexta-feira.
O presidente Mohamed Mursi e seus aliados consideram que o projeto constitucional a ser votado no sábado é crucial para que o Egito conclua sua transição para a democracia, quase dois anos depois da rebelião popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
A Irmandade Muçulmana convocou a concentração popular após um violento confronto de partidários do grupo islâmico contra integrantes da oposição laica e liberal na segunda maior cidade do Egito, na semana passada. O incidente terminou com um clérigo sitiado dentro da sua mesquita durante 14 horas. As facções rivais estavam armadas com cassetetes, facas e adagas.
Na sexta-feira, ativistas islâmicos revistavam fiéis que chegavam para as preces na mesquita de Al Qaid Ibrahim, cenário da violência da semana passada. A tropa de choque da polícia se instalou nos arredores.
"Nossa revolução vai se manter pacífica apesar dos bandidos", diziam cartazes no local, aludindo ao incidente da semana passada. Pelo menos oito pessoas morreram em confrontos políticos no Egito nas últimas semanas.
A oposição, que faz campanha pelo não, diz que a nova Constituição dá um viés excessivamente islâmico ao novo Egito.
No primeiro dia da votação, no sábado passado, o "sim" à nova Carta teve 57 por cento dos votos. O resultado deve ser ainda mais expressivo no próximo sábado, quando a votação ocorrerá em áreas mais conservadoras, e portanto mais propensas a apoiar Mursi.
A aprovação da Constituição é um pré-requisito para a realização de novas eleições parlamentares no começo do ano que vem. A oposição diz que, se for derrotada no referendo constitucional, vai se esforçar em eleger uma bancada expressiva, que consiga fazer emendas à nova Constituição.