Manifestantes e polícia colocam em perigo a trégua em Kiev
Manifestantes voltaram a lançar coquetéis molotov e paralelepípedos contra a polícia pouco depois que o presidente concordou com a reestruturação do governo
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 22h53.
Kiev - Manifestantes ucranianos e efetivos antidistúrbios puseram em perigo na noite de sexta-feira e na madrugada deste sábado a trégua estipulada na quinta-feira entre governo e oposição ao retomarem os enfrentamentos nas imediações do estádio do Dínamo de Kiev.
Pouco depois que o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, concordou com a reestruturação do governo e a revisão das leis "ditatoriais", os manifestantes voltaram a lançar coquetéis molotov e paralelepípedos contra a polícia.
Os manifestantes, que fortificaram as barricadas durante os últimos dois dias com sacos de neve atrás dos destroços dos ônibus carbonizados, criaram uma nova barreira de fogo, que é alimentada com pneus, para manter os policiais a distancia.
Agora, menos de mil manifestantes se encontram concentrados no local. Eles fizeram várias fogueiras para conseguir suportar as baixíssimas temperaturas que rondam os 15 graus negativos.
Em resposta, a polícia reagiu com o lançamento de bombas de efeito moral, jatos d'água para apagar os focos de incêndio e flashes de luz para atordoar os manifestantes que ousam se aproximar da linha formada pelos agentes em frente ao estádio.
Até agora, ambas as partes tinham respeitado religiosamente a trégua que permitiu negociações entre os líderes da oposição e Yanukovich.
Entretanto, há poucas horas circulou a informação que um policial foi assassinado em Kiev com um tiro na cabeça enquanto voltava para sua casa.
Além disso, outro policial foi ferido com arma branca na Euromaidan (praça europeia), enquanto outros dois agentes foram aprisionados pelos guardas que se encarregam da segurança no acampamento dos manifestantes.
O policial ferido foi liberado e já se encontra hospitalizado, mas ainda não há informações sobre seus dois colegas.
O político da oposição, Vitali Klitschko, se reuniu esta tarde com o comissário europeu de Ampliação, o tcheco Stefan Füle, que chegou hoje à capital ucraniana e que também tinha previsto um encontro com representantes do governo.
"Acabamos de discutir os caminhos para uma solução pacífica da crise política na Ucrânia . A situação é muito complicada. Falamos do retorno à Constituição de 2004 e da convocação de eleições antecipadas", garantiu Klitschko.
O opositor ressaltou a importância da libertação dos presos políticos, depois que ele e Füle compareceram ao tribunal de Kiev que analisa os casos abertos contra os manifestantes detidos.
Yanukovich anunciou hoje que todos os detidos nos distúrbios, "que não tenham cometido crimes graves", serão anistiados e libertados.
Apesar de já haver uma data para a sessão parlamentar que tratará da reforma do governo e da revisão das controvertidas leis (28 de janeiro), Klitschko assegurou que as concessões de Yanukovich não são suficientes.
"As pessoas agora exigem a renúncia do presidente", disse.
Kiev - Manifestantes ucranianos e efetivos antidistúrbios puseram em perigo na noite de sexta-feira e na madrugada deste sábado a trégua estipulada na quinta-feira entre governo e oposição ao retomarem os enfrentamentos nas imediações do estádio do Dínamo de Kiev.
Pouco depois que o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, concordou com a reestruturação do governo e a revisão das leis "ditatoriais", os manifestantes voltaram a lançar coquetéis molotov e paralelepípedos contra a polícia.
Os manifestantes, que fortificaram as barricadas durante os últimos dois dias com sacos de neve atrás dos destroços dos ônibus carbonizados, criaram uma nova barreira de fogo, que é alimentada com pneus, para manter os policiais a distancia.
Agora, menos de mil manifestantes se encontram concentrados no local. Eles fizeram várias fogueiras para conseguir suportar as baixíssimas temperaturas que rondam os 15 graus negativos.
Em resposta, a polícia reagiu com o lançamento de bombas de efeito moral, jatos d'água para apagar os focos de incêndio e flashes de luz para atordoar os manifestantes que ousam se aproximar da linha formada pelos agentes em frente ao estádio.
Até agora, ambas as partes tinham respeitado religiosamente a trégua que permitiu negociações entre os líderes da oposição e Yanukovich.
Entretanto, há poucas horas circulou a informação que um policial foi assassinado em Kiev com um tiro na cabeça enquanto voltava para sua casa.
Além disso, outro policial foi ferido com arma branca na Euromaidan (praça europeia), enquanto outros dois agentes foram aprisionados pelos guardas que se encarregam da segurança no acampamento dos manifestantes.
O policial ferido foi liberado e já se encontra hospitalizado, mas ainda não há informações sobre seus dois colegas.
O político da oposição, Vitali Klitschko, se reuniu esta tarde com o comissário europeu de Ampliação, o tcheco Stefan Füle, que chegou hoje à capital ucraniana e que também tinha previsto um encontro com representantes do governo.
"Acabamos de discutir os caminhos para uma solução pacífica da crise política na Ucrânia . A situação é muito complicada. Falamos do retorno à Constituição de 2004 e da convocação de eleições antecipadas", garantiu Klitschko.
O opositor ressaltou a importância da libertação dos presos políticos, depois que ele e Füle compareceram ao tribunal de Kiev que analisa os casos abertos contra os manifestantes detidos.
Yanukovich anunciou hoje que todos os detidos nos distúrbios, "que não tenham cometido crimes graves", serão anistiados e libertados.
Apesar de já haver uma data para a sessão parlamentar que tratará da reforma do governo e da revisão das controvertidas leis (28 de janeiro), Klitschko assegurou que as concessões de Yanukovich não são suficientes.
"As pessoas agora exigem a renúncia do presidente", disse.