Mandela responde melhor ao tratamento, afirma Zuma
O ex-líder sul-africano está internado há cinco dias
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 15h03.
Joanesburgo - O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela , de 94 anos, internado em um hospital de Pretória de por uma grave infecção pulmonar está um pouco melhor, anunciou nesta quarta-feira o presidente Jacob Zuma.
"Fico feliz de informar que Madiba responde melhor ao tratamento", disse Zuma, ao citar o nome do clã do ícone da luta contra o apartheid.
"Nós nos alegramos muito com o progresso que está fazendo, depois da dificuldade dos últimos dias", acrescentou, em uma audiência no Parlamento da Cidade do Cabo consagrada à votação do orçamento da presidência.
Esta é a primeira notícia positiva desde a hospitalização do herói nacional na manhã de sábado. As autoridades sul-africanas repetiam até o momento que o estado de Mandela, considerado "grave" - e até "muito grave" por Zuma -, era "estável"
"Nós o queremos ao nosso lado. E tenho certeza de que, conhecendo como o conheço, é um grande lutador e estará ao nosso lado muito em breve", afirmou Zuma na noite de terça-feira em uma entrevista ao canal público SABC.
O presidente sul-africano também homenageou nesta quarta-feira o combate de Mandela, condenado há 49 anos ao lado de outros sete militantes anti-apartheid à prisão perpétua.
"Graças a seu sacrifício e às bases que foram implantadas para uma África do Sul livre e democrática, nossos país é um lugar muito melhor para viver do que era antes de 1994. Mas ainda temos muito trabalho pela frente", disse.
O ambiente até então era muito mais pessimista na África do Sul.
O arcebispo anglicano Desmond Tutu, que como Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo combate contra o apartheid, havia afirmado que rezava pelo "conforto" do amigo e por sua recuperação.
Assim como nos dias anteriores, as pessoas próximas de herói sul-africano visitaram nesta quarta-feira o Mediclinic Heart Hospital de Pretória, incluindo sua esposa Graça Machel, sua filha Zenani e vários netos.
Em sua primeira mensagem desde a internação, a família afirmou nesta quarta-feira estar "profundamente emocionada" pelas orações e as mensagens de apoio.
Também se declarou satisfeita pelo tratamento recebido e destacou compartilhar a esperança de todos de que Madiba se recupere.
A entrada do hospital está protegida pela polícia, enquanto jornalistas de todo o mundo acampam nos arredores.
Na terça-feira completaram 49 anos a condenação de Mandela de 1964 por conspiração para derrubar o governo racista do apartheid. Um dia depois foi sentenciado à prisão perpétua na ilha-prisão de Robben Island, antes de ser levado para a prisão de Pollsmoor, onde contraiu tuberculose.
Durante os 27 anos de prisão, Mandela virou um ícone da luta contra o apartheid.
Os sul-africanos vivem o novo problema de saúde de Mandela com a resignação de saber que o fim da vida de seu herói, o primeiro presidente negro do país após as primeiras eleições democráticas de 1994, pode estar próxima.
Mandela tem problemas pulmonares recorrentes desde que teve uma tuberculose diagnosticada em 1988. Esta é a quarta hospitalização desde dezembro.
No fim de abril, o presidente Zuma e autoridades do partido governista, o Congresso Nacional Africano (ANC), foram fotografados com um Mandela que parecia extremamente debilitado em sua casa em Johannesburgo.
A foto foi criticada, porque muitos a consideraram uma tentativa do partido, extremamente dividido, de obter dividendos políticos e se aproveitar do prestígio de Mandela.
A última vez que Mandela apareceu em um ato público foi na final da Copa do Mundo da África do Sul, em julho de 2010.
*Matéria atualizada às 15h03
Joanesburgo - O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela , de 94 anos, internado em um hospital de Pretória de por uma grave infecção pulmonar está um pouco melhor, anunciou nesta quarta-feira o presidente Jacob Zuma.
"Fico feliz de informar que Madiba responde melhor ao tratamento", disse Zuma, ao citar o nome do clã do ícone da luta contra o apartheid.
"Nós nos alegramos muito com o progresso que está fazendo, depois da dificuldade dos últimos dias", acrescentou, em uma audiência no Parlamento da Cidade do Cabo consagrada à votação do orçamento da presidência.
Esta é a primeira notícia positiva desde a hospitalização do herói nacional na manhã de sábado. As autoridades sul-africanas repetiam até o momento que o estado de Mandela, considerado "grave" - e até "muito grave" por Zuma -, era "estável"
"Nós o queremos ao nosso lado. E tenho certeza de que, conhecendo como o conheço, é um grande lutador e estará ao nosso lado muito em breve", afirmou Zuma na noite de terça-feira em uma entrevista ao canal público SABC.
O presidente sul-africano também homenageou nesta quarta-feira o combate de Mandela, condenado há 49 anos ao lado de outros sete militantes anti-apartheid à prisão perpétua.
"Graças a seu sacrifício e às bases que foram implantadas para uma África do Sul livre e democrática, nossos país é um lugar muito melhor para viver do que era antes de 1994. Mas ainda temos muito trabalho pela frente", disse.
O ambiente até então era muito mais pessimista na África do Sul.
O arcebispo anglicano Desmond Tutu, que como Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo combate contra o apartheid, havia afirmado que rezava pelo "conforto" do amigo e por sua recuperação.
Assim como nos dias anteriores, as pessoas próximas de herói sul-africano visitaram nesta quarta-feira o Mediclinic Heart Hospital de Pretória, incluindo sua esposa Graça Machel, sua filha Zenani e vários netos.
Em sua primeira mensagem desde a internação, a família afirmou nesta quarta-feira estar "profundamente emocionada" pelas orações e as mensagens de apoio.
Também se declarou satisfeita pelo tratamento recebido e destacou compartilhar a esperança de todos de que Madiba se recupere.
A entrada do hospital está protegida pela polícia, enquanto jornalistas de todo o mundo acampam nos arredores.
Na terça-feira completaram 49 anos a condenação de Mandela de 1964 por conspiração para derrubar o governo racista do apartheid. Um dia depois foi sentenciado à prisão perpétua na ilha-prisão de Robben Island, antes de ser levado para a prisão de Pollsmoor, onde contraiu tuberculose.
Durante os 27 anos de prisão, Mandela virou um ícone da luta contra o apartheid.
Os sul-africanos vivem o novo problema de saúde de Mandela com a resignação de saber que o fim da vida de seu herói, o primeiro presidente negro do país após as primeiras eleições democráticas de 1994, pode estar próxima.
Mandela tem problemas pulmonares recorrentes desde que teve uma tuberculose diagnosticada em 1988. Esta é a quarta hospitalização desde dezembro.
No fim de abril, o presidente Zuma e autoridades do partido governista, o Congresso Nacional Africano (ANC), foram fotografados com um Mandela que parecia extremamente debilitado em sua casa em Johannesburgo.
A foto foi criticada, porque muitos a consideraram uma tentativa do partido, extremamente dividido, de obter dividendos políticos e se aproveitar do prestígio de Mandela.
A última vez que Mandela apareceu em um ato público foi na final da Copa do Mundo da África do Sul, em julho de 2010.
*Matéria atualizada às 15h03