Mancha de óleo no Golfo atinge a costa de Louisiana
O porta-voz da BP, John Curry, disse que três equipes de urgência foram enviadas à ilha Freemason, que fica a 50 km da costa
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Louisiana - A mancha de óleo que contamina o Golfo do México atingiu uma ilha de Louisiana, informou a Guarda Costeira nesta quinta-feira, no primeiro impacto em terra confirmado, após o derramamento de petróleo de uma plataforma naufragada da companhia britânica BP.
A empresa tenta instalar uma cúpula sobre o vazamento para detê-lo.
"As equipes confirmaram que há petróleo na ilha Freemason", disse Connie Terrel, oficial da Guarda Costeira, à AFP. "É na ponta sul das ilhas Chandeleur", completou. As Chandeleur fazem parte da reserva ambiental Breton National Wildlife Refuge, a segunda mais antiga dos Estados Unidos.
O responsável pela localidade litorânea de Plaquemines (Lousiana), Billy Nungesser, havia denunciado à AFP a chegada das primeiras manchas de petróleo na costa em 30 de abril.
O porta-voz da BP, John Curry, disse que três equipes de urgência foram enviadas à ilha, que fica a 50 km da costa, e estão mobilizando material inflável numa tentativa de capturar parte da mancha.
Enquanto isso, uma estrutura em forma de cúpula destinada a conter o derramamento chegou nesta quinta-feira ao local onde o poço danificado lançou milhões de litros de óleo no Golfo do México.
A cúpula de contenção de 100 toneladas - uma construção cilíndrica com um teto em forma de domo e altura de cinco andares - foi transportada no barco Joe Griffin ao epicentro do desastre, a 80 km da costa de Lousiana, disse o suboficial da Guarda Costeira, Brandon Blackwell, à AFP.
A estrutura estará sendo baixada ao fundo do mar nesta quinta-feira, a 1.500 metros abaixo da superfície, para permitir que o petróleo que sai do poço seja bombeado para um barco petroleiro nos arredores, informou a BP.
A trabalhosa tarefa de transportar o domo, descê-lo sobre o vazamento e levar o óleo ao barco levará cinco dias.
BP e Guarda Costeira informam que a operação, que nunca foi tentada com tanta profundidade, não necessariamente evitará o desastre ecológico e econômico que ameaça as reservas ambientais pantanosas e o hábitat pesqueiro.
A empresa, que conseguiu selar um dos três pontos de vazamento, também utiliza submarinos robotizados para monitorar o fluxo do petróleo nos outros dois pontos, perfura um poço de emergência - uma operação que levará três meses para ser completada -, lança dispersantes sobre o petróleo e mobiliza uma barreira flutuante para proteger a costa.