Malásia identifica diplomata procurado pela morte de Kim Jong Nam
Kim Jong Nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong Un, foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur no dia 13 de fevereiro
Reuters
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 09h17.
Kuala Lumpur - A polícia da Malásia identificou nesta quarta-feira um diplomata norte-coreano e um funcionário de uma empresa aérea estatal que são procurados para interrogatório devido ao assassinato do meio irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un.
Kim Jong Nam, de 46 anos, foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur no dia 13 de fevereiro quando se preparava para embarcar em um voo para Macau, onde vivia exilado com sua família com a proteção de Pequim.
Autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos acreditam que a morte do meio irmão afastado de Kim Jong Un foi um assassinato cometido por agentes norte-coreanos.
Kim Jong Nam havia se manifestado publicamente contra o comando dinástico de sua família sobre a Coreia do Norte, país dotado de armas nucleares.
Ao fornecer um boletim de atualização da investigação, que revoltou Pyongyang, o chefe de polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, disse que o diplomata procurado para interrogatório é Hyon Kwang Song, de 44 anos, segundo secretário da embaixada.
A polícia também quer interrogar Kim Uk Il, de 37 anos, que trabalha para a estatal aérea norte-coreana Air Koryo.
Khalid informou que ambos estiveram na Malásia, mas não soube confirmar se estiveram na embaixada.
"Eles foram convocados para dar assistência. Esperamos que a embaixada coopere conosco e nos permita interrogá-los rapidamente, senão iremos compeli-los a vir até nós", comunicou Khalid aos repórteres.
"Não podemos confirmar que eles estão escondidos na embaixada", disse ele à Reuters.
Até agora a polícia identificou um total de oito norte-coreanos suspeitos de ligação com o assassinato.
Um deles, Ri Jong Chol, está sob custódia desde a semana passada, e outro, Ri Ji U, continua à solta. Segundo Khalid, a polícia "acredita fortemente" que quatro outros retornaram à capital norte-coreana Pyongyang, tendo fugido da Malásia no dia do ataque.
A polícia não informou qual foi o papel de Ri Jong Chol no crime. Ele morou na Malásia durante três anos sem trabalhar na empresa registrada em sua autorização de trabalho nem recebeu salário.
A polícia ainda está mantendo detidas duas mulheres, uma vietnamita e uma indonésia, que são suspeitas de terem realizado o ataque fatal contra Kim Jong Nam usando um veneno de ação rápida.