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Malásia descarta que existam sobreviventes de avião

"Após 17 dias e baseados nas evidências, temos que aceitar a dolorosa realidade da perda", afirmou diretor da Malaysia Airlines

O chefe-executivo da Malaysia Airlines. Ahmad Jauhari Yahya (e), e o presidente da companhia aérea, Nor Yusof, durante coletiva de imprensa (REUTERS/Samsul Said)

O chefe-executivo da Malaysia Airlines. Ahmad Jauhari Yahya (e), e o presidente da companhia aérea, Nor Yusof, durante coletiva de imprensa (REUTERS/Samsul Said)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 07h34.

Kuala Lumpur - As autoridades da Malásia descartaram nesta terça-feira que sejam encontrados sobreviventes da "tragédia" do avião da Malaysia Airlines, que supostamente caiu no mar no sul do Oceano Índico.

"Após 17 dias e baseados nas evidências, temos que aceitar a dolorosa realidade da perda do voo MH370 e que não há sobreviventes", afirmou Nor Yusof, diretor da companhia aérea, em entrevista coletiva em Kuala Lumpur.

Ahmad Jauhari Yahya, executivo-chefe da Malaysia Airlines, reafirmou que as "evidências" indicam que o avião desaparecido caiu no sul do Oceano Índico, mas ainda não foi confirmada a identificação dos destroços da aeronave.

"Este foi um evento sem precedentes, seguido de uma resposta sem precedentes. Continuaremos as buscas e as investigações até encontrar o avião", disse o diretor, ao reforçar "o grande desafio" que representa recuperar os destroços da aeronave que supostamente caiu em uma área remota do Oceano Índico.

Nesta terça-feira, as autoridades australianas que coordenam as buscas no vetor sul suspenderam a operação devido ao mau tempo no local onde são feitos os trabalhos, a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth.

"O processo de recuperação do MH370 será muito complexo", disse Ahmad na capital malaia.

As autoridades da Malásia reiteraram seu apoio e seu pesar às famílias das vítimas e informaram que fizeram tudo o que foi necessário para que soubessem da "tragédia" por eles, e não pela imprensa.


O diretor da Malaysia Airlines se desculpou assim pelas críticas dos familiares que conheceram a má notícia através de uma mensagem de texto enviada para seus telefones celulares.

"Não sabemos o motivo, não sabemos como ocorreu essa tragédia", declarou o executivo-chefe após garantir que as investigações prosseguirão até que se descubra o que realmente aconteceu.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na madrugada do dia 8 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois da decolagem.

O exame dos dados de radares e satélites levou os investigadores a concluir que o avião deu a volta e voou até o Estreito de Malaca.

No avião estavam 153 chineses, 50 malaios (12 deles tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos que embarcaram com passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.

"Este é um dia triste e trágico para todos nós", sentenciou o diretor da Malaysia Airlines. 

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