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Mais de 1500 imigrantes morreram no Mediterrâneo este ano, diz ONU

Agência alertou que o índice de mortalidade é muito elevado, enquanto o número de estrangeiros que chegam à costa europeia caiu significativamente

Europa: cerca de 60.000 migrantes tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o começo deste ano (Jon Nazca/Reuters)

Europa: cerca de 60.000 migrantes tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o começo deste ano (Jon Nazca/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 19h49.

Mais de 1.500 refugiados e migrantes morreram no Mediterrâneo durante os sete primeiros meses de 2018, e até 850 faleceram entre junho e julho, anunciou nesta sexta-feira (3) a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur).

Em um comunicado, esta agência alertou que o índice de mortalidade é muito elevado, enquanto o número de estrangeiros que chegam à costa europeia caiu significativamente em comparação com os anos anteriores.

Cerca de 60.000 migrantes tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o começo deste ano, o que representa 50% a menos que em 2017.

"A Acnur pede urgentemente aos estados e às autoridades responsáveis que adotem todas las medidas necessárias para desmantelar las redes de traficantes de personas", declarou Vincent Cochetel, enviado especial da Acnur para o Mediterrâneo.

"Com tantas vidas em jogo, é vital garantirmos aos capitães dos barcos humanitários que possam desembarcar seus passageiros resgatados", acrescenta o comunicado, que critica a proibição de navios deste tipo atracarem na Itália e em Malta.

A Espanha se tornou, neste ano, a maior porta de entrada para a União Europeia, à frente da Itália, que fechou seus portos após a posse do novo governo populista de direita.

Mais de 23.500 imigrantes chegaram à costa espanhola desde janeiro, um número maior do que o número total de pessoas que chegaram no ano passado na Espanha, através do Mediterrâneo.

 

 

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